Sabemos bem o que é perder uma TCE nos penalties.
domingo, 29 de maio de 2016
domingo, 22 de maio de 2016
Nico
Ya sé que estoy piantao, piantao, piantao...
Yo miro a Buenos Aires del nido de un gorrión;
y a vos te vi tan triste... ¡Vení! ¡Volá! ¡Sentí!...
el loco berretín que tengo para vos
'Balada para un loco'
Música: Astor Piazzolla
Letra: Horacio Ferrer
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Rock in River
where mister when you're young
They bring you up to do like your daddy done
Me and Mary we met in high school
when she was just seventeen
We'd ride out of this valley down to where the fields were green
We'd go down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we'd ride
Then I got Mary pregnant
and man that was all she wrote
And for my nineteenth birthday I got a union card and a wedding coat
We went down to the courthouse
and the judge put it all to rest
No wedding day smiles no walk down the aisle
No flowers no wedding dress
That night we went down to the river
And into the river we'd dive
Oh down to the river we did ride
I got a job working construction for the Johnstown Company
But lately there ain't been much work on account of the economy
Now all them things that seemed so important
Well mister they vanished right into the air
Now I just act like I don't remember
Mary acts like she don't care
But I remember us riding in my brother's car
Her body tan and wet down at the reservoir
At night on them banks I'd lie awake
And pull her close just to feel each breath she'd take
Now those memories come back to haunt me
they haunt me like a curse
Is a dream a lie if it don't come true
Or is it something worse
that sends me down to the river
though I know the river is dry
That sends me down to the river tonight
Down to the river
my baby and I
Oh down to the river we ride
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Primero hay que saber sufrir
Primero hay que saber sufrir,
después amar, después partir
y, al fin, andar sin pensamientos,
É a parte mais bonita de um dos tangos que mais vezes pus a tocar em casa dos meus pais. 'Naranjo en flor' de Homero Expósito, na versão doída a tabaco do viejo Roberto Goyeneche.
São versos que não me largam a cabeça e começaram a tocar no último domingo mal deixei o Estádio da Luz a caminho de casa, para os braços da família. Campeões. Tri. Trinta e Cinco. A gente escreve que é para acreditar. Mas porquê um tango ? Porquê este ?
Talvez porque com o Benfica só possa ser assim. Fatal de belo.
Ainda o 34 não tinha encontrado lugar certo no museu Cosme, e já o treinador deixava o clube. E logo para o outro lado da rua. Daí a dor. Sim, porque isto é muito antigo. É que "... pior do que inimigos, eram irmãos", como mostra a capa do livro do Afonso Melo.
Sem que pudéssemos sequer bem respirar, quanto mais habituar-nos à ideia, zás !, o Maxi no Porto.
O Maxi, fônix !?!, o nosso Maxi ?! Não pode! Que usou a braçadeira e foi três vezes campeão nacional ? que levantou as taças da Liga e a mais bela de Portugal ? Que sobreviveu de punhos cerrados para o céu na batalha de Turim contra a Juventus ?
Que ingrato é o mundo.... Podia ser pior ?
O mano lá ia tentando o consolo lembrando que se lixaram sempre que nos espetaram assim.
Mas nessa altura o primeiro verso de Expósito era ainda uma criança. Se não fosse, tinha-me curado mais depressa. Primero hay que saber sufrir.
O ano, que ainda agora ia no princípio, trazia a sombra toda com ele. Como uma criança mal nascida ou receber no colo um prematuro. Segura bem que é muito frágil. Os miúdos, o novo treinador, os que chegavam à Portela, aquela pré-época, a Eusébio Cup a ficar no México, o nosso 10 sai-e-não-sai, e a Super-Taça a desaguar.... no fim das férias. Não digam mais por favor.
Uma semana depois, começava o campeonato. Uma derrota à segunda jornada com o Arouca e uma vitória de cambalhota à terceira. Derrota com o Porto, mas vitória mítica no Calderón. Mas acreditamos em qual dos Benficas, catano ?
Até ao 3-0 contra o Sporting. Em casa. Ao intervalo.
Nessa altura, nesse tal de intervalo, comentei que podia haver ali uma desgraça. Sei lá, um 6-0, um 7-1, malta a atirar-se das arquibancadas. Confesso o fatalismo literário.
Mas.... não houve. E, pior, deixaram-nos vivos. Ouvi dizer.
Por volta dos 70 e tal minutos, o Estádio rebentou num coro de arrepiar colunas e eusébios:
"Eu amo O Benfica, lá, lá, lá, lá, Eu amo O Benfica, lá, lá, lá, Eu amo O Benfica !", com o jogo ali à frente.
Era a entrada para o segundo verso de Expósito: después amar.
Que mais podíamos fazer ?
"O Benfica salva, o Benfica é amor.", diz o amigo velho. E o Jonas a meter golos.
Que mais podíamos fazer ?!? después partir, é a fé do tango. Encher os estádios todos do país em peregrinação. Vestir as camisolas. Entrar nos aviões, rumar às auto-estradas, encher cafés e todas as tascas, as vilas e cidades, partir com a equipa, pedindo o 35.
E agora já não era só o Jonas. Eram todos. Éramos todos. A marcar. Empoleirados, todos, sacudindo a camisola, confundindo-se a carne de uns com o suor dos outros. Com o Rio Ave, em Guimarães, no Estoril e também com o Zenit, com o grande mar a engolir o homem.
Partir para a Rússia e para Munique. Mas antes partir Alvalade à grega. E aguentar tudo até ao fim. Agarrado aos terços da Dª Celeste. Até ao Nacional. Aguentar até a inveja dos manos do sector 25 contarem como foram à boleia no carro do grande Simões a caminho da Luz. Até ao momento do sismo do primeiro golo. Obrigado Nico.
Até ao fim.
Porque.... y, al fin,...
al fin andar sin pensamientos
Fala Bulo:
después amar, después partir
y, al fin, andar sin pensamientos,
É a parte mais bonita de um dos tangos que mais vezes pus a tocar em casa dos meus pais. 'Naranjo en flor' de Homero Expósito, na versão doída a tabaco do viejo Roberto Goyeneche.
São versos que não me largam a cabeça e começaram a tocar no último domingo mal deixei o Estádio da Luz a caminho de casa, para os braços da família. Campeões. Tri. Trinta e Cinco. A gente escreve que é para acreditar. Mas porquê um tango ? Porquê este ?
Talvez porque com o Benfica só possa ser assim. Fatal de belo.
Ainda o 34 não tinha encontrado lugar certo no museu Cosme, e já o treinador deixava o clube. E logo para o outro lado da rua. Daí a dor. Sim, porque isto é muito antigo. É que "... pior do que inimigos, eram irmãos", como mostra a capa do livro do Afonso Melo.
Sem que pudéssemos sequer bem respirar, quanto mais habituar-nos à ideia, zás !, o Maxi no Porto.
O Maxi, fônix !?!, o nosso Maxi ?! Não pode! Que usou a braçadeira e foi três vezes campeão nacional ? que levantou as taças da Liga e a mais bela de Portugal ? Que sobreviveu de punhos cerrados para o céu na batalha de Turim contra a Juventus ?
Que ingrato é o mundo.... Podia ser pior ?
O mano lá ia tentando o consolo lembrando que se lixaram sempre que nos espetaram assim.
Mas nessa altura o primeiro verso de Expósito era ainda uma criança. Se não fosse, tinha-me curado mais depressa. Primero hay que saber sufrir.
O ano, que ainda agora ia no princípio, trazia a sombra toda com ele. Como uma criança mal nascida ou receber no colo um prematuro. Segura bem que é muito frágil. Os miúdos, o novo treinador, os que chegavam à Portela, aquela pré-época, a Eusébio Cup a ficar no México, o nosso 10 sai-e-não-sai, e a Super-Taça a desaguar.... no fim das férias. Não digam mais por favor.
Uma semana depois, começava o campeonato. Uma derrota à segunda jornada com o Arouca e uma vitória de cambalhota à terceira. Derrota com o Porto, mas vitória mítica no Calderón. Mas acreditamos em qual dos Benficas, catano ?
Até ao 3-0 contra o Sporting. Em casa. Ao intervalo.
Nessa altura, nesse tal de intervalo, comentei que podia haver ali uma desgraça. Sei lá, um 6-0, um 7-1, malta a atirar-se das arquibancadas. Confesso o fatalismo literário.
Mas.... não houve. E, pior, deixaram-nos vivos. Ouvi dizer.
Por volta dos 70 e tal minutos, o Estádio rebentou num coro de arrepiar colunas e eusébios:
"Eu amo O Benfica, lá, lá, lá, lá, Eu amo O Benfica, lá, lá, lá, Eu amo O Benfica !", com o jogo ali à frente.
Era a entrada para o segundo verso de Expósito: después amar.
Que mais podíamos fazer ?
"O Benfica salva, o Benfica é amor.", diz o amigo velho. E o Jonas a meter golos.
Que mais podíamos fazer ?!? después partir, é a fé do tango. Encher os estádios todos do país em peregrinação. Vestir as camisolas. Entrar nos aviões, rumar às auto-estradas, encher cafés e todas as tascas, as vilas e cidades, partir com a equipa, pedindo o 35.
E agora já não era só o Jonas. Eram todos. Éramos todos. A marcar. Empoleirados, todos, sacudindo a camisola, confundindo-se a carne de uns com o suor dos outros. Com o Rio Ave, em Guimarães, no Estoril e também com o Zenit, com o grande mar a engolir o homem.
Partir para a Rússia e para Munique. Mas antes partir Alvalade à grega. E aguentar tudo até ao fim. Agarrado aos terços da Dª Celeste. Até ao Nacional. Aguentar até a inveja dos manos do sector 25 contarem como foram à boleia no carro do grande Simões a caminho da Luz. Até ao momento do sismo do primeiro golo. Obrigado Nico.
Até ao fim.
Porque.... y, al fin,...
al fin andar sin pensamientos
Fala Bulo:
1904, 1904, LALALALA,
1904, 1904, LALALALA,
1904, 1904, LALALALA,
sábado, 14 de maio de 2016
quinta-feira, 12 de maio de 2016
terça-feira, 10 de maio de 2016
Shoulder to Shoulder
(Mafalda Matos)
Shoulder to shoulder
Amused but not advanced
He, she, you, me
It's all just circumstance
Equal, hopeful
Content to play the friend
Timid advances
With mutual regret
She can always be wrong
He can always be right
Not a matter of choice
Just a matter of time
Till they know where they stand
Once they've reached the end
Awkward choices
With smiles from ear to ear
A faded union
That won't survive the year
Timeless series
Of blameless accidents
Oh, the stubborn cycle
Of inherited mistakes
She can always be wrong
He can always be right
Not a matter of choice
Just a matter of time
Till they know where they stand
Once they've reached the end
And I'll play mine where I place my trust
When the desert ends I'll ask the dust
I'll play mine where I place my trust
When the desert ends I'll ask the dust
He, she, you, me
It's all just circumstance
Equal, hopeful
Content to play the friend
Timid advances
With mutual regret
She can always be wrong
He can always be right
Not a matter of choice
Just a matter of time
Till they know where they stand
Once they've reached the end
Awkward choices
With smiles from ear to ear
A faded union
That won't survive the year
Timeless series
Of blameless accidents
Oh, the stubborn cycle
Of inherited mistakes
She can always be wrong
He can always be right
Not a matter of choice
Just a matter of time
Till they know where they stand
Once they've reached the end
And I'll play mine where I place my trust
When the desert ends I'll ask the dust
I'll play mine where I place my trust
When the desert ends I'll ask the dust
'Little Joy' - 2008
domingo, 8 de maio de 2016
sábado, 7 de maio de 2016
"I wanted to make a movie that Miles would have wanted to star in."
You’ve blended your acting prowess and musical gifts in Miles Ahead, a kind of anti-biopic of one of the greatest trumpeters, composers, innovators and mad geniuses who ever lived, Miles Davis. Being the star and the director, how does the film measure up to the one you dreamed?
You know when you see photos of people who’ve climbed Everest? People often think they pop champagne and cheer. A lot of times it’s just like, I climbed this fucking mountain. I was sort of told by Miles’s nephew that they were going to do a movie about his life and I was going to star in it. And then people started calling, and the energy came this way. I wasn’t out there chasing any Miles Davis movie. I didn’t really want to do a biopic, having been in several of them, famously, including Hotel Rwanda, Talk to Me and The Rat Pack, and won awards for them. I didn’t want to be hampered by facts. I didn’t care about when Miles met Charlie Parker. I didn’t care about when he first heard the birds sing the note that made him think about “B Flat Blues.” Especially with a person like Miles, whose entire life was a canvas to create whatever he wanted—a style of clothes, music, a way of talking, the women in his life—I didn’t want to create some up-and-down story about him.
At its best, the movie plays like some crazy impressionistic mosaic.
When I met with the family, the approaches I heard all felt like different versions of the same biopic. I said, “I can try to do Ray, but do you think he’d really want that?” If someone comes to you with something different, fresher or elliptical, like “Miles is a gangster,” that would be interesting to me. I could see this sort of 1970s movie: snap zooms, push-ins, “Don Cheadle is Miles Davis as Miles Davis in Miles Ahead.” I wanted to make a movie that Miles would have wanted to star in. I drove away from my meeting with the family, got seven blocks and thought, Nobody’s going to do that unless I do. I called them back and said, “I think I have to do it.”
Don Cheadle, 'Playboy', April 2016
You know when you see photos of people who’ve climbed Everest? People often think they pop champagne and cheer. A lot of times it’s just like, I climbed this fucking mountain. I was sort of told by Miles’s nephew that they were going to do a movie about his life and I was going to star in it. And then people started calling, and the energy came this way. I wasn’t out there chasing any Miles Davis movie. I didn’t really want to do a biopic, having been in several of them, famously, including Hotel Rwanda, Talk to Me and The Rat Pack, and won awards for them. I didn’t want to be hampered by facts. I didn’t care about when Miles met Charlie Parker. I didn’t care about when he first heard the birds sing the note that made him think about “B Flat Blues.” Especially with a person like Miles, whose entire life was a canvas to create whatever he wanted—a style of clothes, music, a way of talking, the women in his life—I didn’t want to create some up-and-down story about him.
At its best, the movie plays like some crazy impressionistic mosaic.
When I met with the family, the approaches I heard all felt like different versions of the same biopic. I said, “I can try to do Ray, but do you think he’d really want that?” If someone comes to you with something different, fresher or elliptical, like “Miles is a gangster,” that would be interesting to me. I could see this sort of 1970s movie: snap zooms, push-ins, “Don Cheadle is Miles Davis as Miles Davis in Miles Ahead.” I wanted to make a movie that Miles would have wanted to star in. I drove away from my meeting with the family, got seven blocks and thought, Nobody’s going to do that unless I do. I called them back and said, “I think I have to do it.”
Don Cheadle, 'Playboy', April 2016
sexta-feira, 6 de maio de 2016
quinta-feira, 5 de maio de 2016
All in
quarta-feira, 4 de maio de 2016
tratando-se de Inglaterra, todos sabem como a história do Leicester pode acabar
[Brian Clough]
Para quem não se lembre, a última vez que aconteceu algo semelhante, o Notts Forest foi campeão europeu. Twice !