quarta-feira, 31 de julho de 2019

Os Frade


Cantinhos de Alentejo num balcão em U da Calçada da Ajuda.
Alentejo com jeitinho. Petiscos com sabor a amigos, tratados com cuidado e com calminha. Gostinhos que mexem com a boca e o coração.
E uns primos com um sorriso que se vê cá de fora.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Escobar, por Juan Pablo


«O meu pai foi um homem responsável pelo seu destino, pelos seus actos, pelas suas opções de vida como pai, como indivíduo e - ao mesmo tempo - pelo bandido que infligiu à Colômbia e ao mundo umas feridas que não se esquecem.»

quarta-feira, 24 de julho de 2019

terça-feira, 23 de julho de 2019

Stra


(av. da Índia, Lisboa)

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Com amor

Sempre os houve. Não é de agora.
Se há coisa irritante (vá, irritantezinha) é ver certa malta a apregoar cultura como se fosse um concurso de misses. Agora em twitts, nos faces e nos instas, ou em posts doutras galáx.... sociais. É aquela espécie de intelectualidade fascistazinha do eu-é-que-sei, cheios de uma moral e autoridade de que o bom percebem eles.
Então no que toca à música é todo um universo de arrogância. E quando, na maior parte dos casos, nunca pegaram num instrumento. Não há saco.
Quando chegam as bandas ao nosso país, é vê-los destilarem sobre os concertos nuns debochantes "Já não vou ver. Vi-o(s) no auge. Em 90 e troca o passo. Está(estão) decrépito(s). Tragam-lhe(s) um caixão. O quê ?? Tu ainda gastas o dinheiro nisso ??!? Poupavas.",  etc, etc. e tal, seguidos de afirmações petulantíssimas das suas bandas ou músicos do momento, que acabam de descobrir, e que até podem ser antigos (o que interessa é que têm o aval dos snobistas), com os inevitáveis "Eu agora oiço é isto. Evoluí.", rematando os outros de "atrasados". Como se fosse feio ou de mau tom ouvir João Gilberto, tocando as mesmas canções com as mesmas notas de sempre, ou Leonard Cohen, em rouca recta final, ou os U2 com Bono a falhar-lhe a voz, enfim, todos os rockers, ou não rockers, que já vieram e voltaram, e voltaram, e voltaram. E estão cá, e são de quem os ouve e vai ver.
Houve uma altura em que chamei a esta maltinha os "bonifácios".

O problema é que continuam a esquecer muita coisa:

1. que houve um tempo em que ninguém (ou quase ninguém) vinha a Portugal e, portanto, é óptimo tê-los cá !;
2. que os músicos são (muitas vezes) como o vinho e melhoram com o tempo, a prática e a experiência de vida;
3. que o fundamental é se ainda tocam, cantam e mexem bem, e se dão tudo (o que só quem os não descarta.... porque... sim, pode saber);
4. que não cabe a Suas Excelências os caudilhozinhos decretar o fim de vida de um artista;
5. e que é (pode ser) uma bênção escutá-los 15, 20, 30 ou mais anos depois da sua estreia.

O que ignoram no seu pedantismo opiniárquico (incapazes de apreciar a estrutura de um bom "vinho" velho ou uma travessa de acordes felizes) é que o que conta é se a noite foi boa, como me disse um dia o Jorge Palma.
Epá ! (com amor) cresçam !

Dublin 2018

quinta-feira, 18 de julho de 2019

quem não ?

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Pavarotti


Um dos maiores de sempre, com Domingo (que assisti em concerto como "lanterninha" no Estádio do Belenenses) e Carreras. Mas aquele de quem me lembro primeiro e há mais tempo. Um grande que a geração pop dos anos 80 viu glorioso em todo o seu tamanho. Com a riqueza, não só da voz, não só da música, mas daquilo que quis fazer fora de palcos e teatros. Tocante.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Born a Crime


«Cresci na África do Sul durante o apartheid, um facto algo inconveniente porque fui criado numa família mista, sendo que o mestiço era eu. A minha mãe, Patricia Nombuyiselo Noah, é negra. O meu pai, Robert, é branco. Suíço-alemão, para ser mais exacto, e estes são invariavelmente brancos. Durante o apartheid, um dos piores crimes que se podia cometer era ter relações sexuais com uma pessoa de outra raça. Escusado será dizer: os meus pais cometeram esse crime.
Em qualquer sociedade baseada no racismo institucionalizado, a miscigenação desafia o sistema, apontando-o como injusto, insustentável e incoerente. A miscigenação prova que as raças podem misturar-se (e, em muitos casos, querem misturar-se). Visto que um mestiço personifica essa falha na lógica do sistema, a mistura de raças torna-se um crime pior do que a traição.
Só que, como os humanos são humanos e o sexo é o sexo, a proibição nunca impediu ninguém de contorná-la. Já havia miúdos mestiços na África do Sul nove meses depois de os primeiros barcos holandeses terem chegado à baía da Mesa. Os colonos na África do Sul aproveitaram-se das mulheres indígenas, como é, aliás, costume dos colonos. Mas ao contrário do que aconteceu na América, onde qualquer pessoa com uma gota de sangue negro se tornava automaticamente negra, na África do Sul as pessoas mestiças foram classificadas num grupo à parte, nem negro, nem branco, mas "de cor". As pessoas de cor, os negros, os brancos e os indianos eram obrigados a registar oficialmente a respectiva raça. Com base nessas classificações, milhões de pessoas foram desenraizadas e deslocadas. As áreas indianas foram segregadas das áreas de cor, que, por sua vez, foram segregadas das áreas negras; e todas elas foram segregadas das zonas brancas e separadas umas das outras por zonas-tampão de terra desocupada. Foram aprovadas leis que proibiam o sexo entre europeus e nativos, leis essas que, mais tarde, foram emendadas para proibir relações sexuais entre brancos e todos os não-brancos. (…) Os infractores arriscavam uma pena de prisão de cinco anos. Havia esquadrões policiais cuja tarefa era espreitar por janelas (…) E se um casal inter-racial fosse apanhado, Deus o acudisse. A polícia arrombava a porta ao pontapé, arrastava os criminosos para a rua, espancava-os e prendia-os. Era, pelo menos, o que faziam ao negro. Ao branco era mais: "Bom, eu digo que estava embriagado, mas não volte a fazer isto, sim ?».

sexta-feira, 12 de julho de 2019

pequena e balada sem jeito de saudade e despedida a um verdadeiro artista que deixa os relvados


Saíste ao minuto 10 do dia 10, mas já tinhas começado a sair com o Santa Clara, quando as lágrimas teimavam em adivinhar o adeus que não queríamos. Levas a Luz contigo e o paixão do adepto a quem outorgaste golos e mais golos, bandeirando futebol musicado com carinho. O melhor de ti que foi o melhor que nos podias dar. Como a beleza de um simples toque ou de um passe que sonhaste segundos antes. Como a doçura de uma finta ou no engodo de uma desmarcação. Magicada com a certeza de repetires o momento único e irrepetível. 
De tanto foste tudo. 
Chuto infinito, a quem jurámos sempre 
o golo do título.

 (Estádio dos Arcos - Maio 2017)

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Reigning Champs


2 horas num ringue a enxertar uppercuts nos queixos da multidão. Jabs e ganchos cuspidos à velocidade de rimas. Versos debitados com a força de um Tyson e o swing de Ali. E quem swinga somos nós. 
The Roots no Cascais foi um punch de história negra. Foi rap, hip-hop, funk, soul, R&B, you name it. Até ao KO final. 
Philadelphia, PA.

terça-feira, 9 de julho de 2019

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Samba de muitas notas sim

(foto: Tom Copi/Getty Images)


O Mestre. 
Uma mágoa: não o ter "ouvisto" em concerto. E com bilhete comprado ! Cancelado à última da hora. Suponho que o ar condicionado da sala não estivesse à temperatura certa. Capaz de desafinar o violão. E essa não.
Um abraço no Carlos Alberto, da 'Toca do Vinicius', em Ipanema, RJ, que me emprestou aquele livro do João Gilberto (1931 - 2019).  

sábado, 6 de julho de 2019

terça-feira, 2 de julho de 2019

Magical mistery tour


Obrigado Paizão. Grande momento.

segunda-feira, 1 de julho de 2019