sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Ponciá Evaristo
«O nome de Ponciá Vicêncio ecoou na estação como um apito do trem e ela nem prestou atenção alguma ao chamado. Andava, chorava e ria dizendo que queria voltar ao rio. Luandi acercou-se carinhoso da irmã dizendo-lhe que sabia o caminho do rio e que haveria de levá-la. Ponciá Vicêncio levantou os olhos para ele, mas não se podia dizer se ela o havia reconhecido ou não. Abriu, porém, a trouxa, tirou o homem-barro e perguntou ao irmão se ele se lembrava de Vô Vicêncio. Ele, que até então, à custa de muito esforço, tinha o pranto preso, abraçou chorando a irmã.
E no seu primeiro dia de serviço, sem experimentar o gosto do mando, Soldado Luandi José Vicêncio antes da hora terminada deixou o posto de trabalho. Pegou na mão da irmã e foi com ela ao encontro da mãe. Boa hora, Maria Vicêncio andava muito aflita. O tempo pedia, era hora de encontrar a filha e levá-la novamente ao rio.»
E no seu primeiro dia de serviço, sem experimentar o gosto do mando, Soldado Luandi José Vicêncio antes da hora terminada deixou o posto de trabalho. Pegou na mão da irmã e foi com ela ao encontro da mãe. Boa hora, Maria Vicêncio andava muito aflita. O tempo pedia, era hora de encontrar a filha e levá-la novamente ao rio.»
sábado, 22 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
VPV by MEC
Miguel Esteves Cardoso: "o Vasco estava sempre aceso": https://t.co/X9abKjH3WL— Observador (@observadorpt) February 21, 2020
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
sábado, 15 de fevereiro de 2020
Limited Edition
Mudei na música, porque se há coisa que o jazz ajuda é a perceber melhor a música. Toda a música.
Como nos obriga a ter uma atenção especial aos sons, aos instrumentos e ao complexo diálogo que eles produzem, começamos a entender a música que há dentro da música. E a distinguir melhor. O bom do mau, do assim-assim. O jazz educa. E o jazz aprende-se. E dá trabalho. Educar dá trabalho. Mas o que isso tem de maravilhoso é que a decisão é nossa. Como querer experimentar um sabor novo, um filme diferente ou um livro em que nunca pegaríamos. Obriga a ultrapassar o preconceito inicial, a preguiça e a vencer a dificuldade ao que achamos estranho. E o estranho, aquilo que não conhecemos, pode ser a coisa mais linda que ficamos a conhecer. A coisa mais bonita daquele dia. Acho que é isso que se chama cultivar. A nossa horta privada. A mina interior. No meu caso, quando me contrario. Normalmente, se a primeira reacção é sacudir e rejeitar, fico a pensar nisso e forço o gesto contrário. Obrigando-me ao passo oposto. A descobrir. A permitir uma nova relação.
25 anos depois continuo a explorar novos Coltrane, e na busca de universos que rejeito e depois encontro. Num percurso que não é pacífico e que demora, e que (sobretudo) não é automático. Que começou nos monstros clássicos, para se enfiar depois em jazz-fusão, no acid jazz, no funk e até no rap e no hip-hop, como salinhas e quartinhos ou galerias infinitas. E do orgulho que sinto nisso. Porque a música é como um novelo. Que vamos desenrolando. Mas que também nos puxa. Porque é oxigénio e porque vicia. E, como o oxigénio, que nunca chega e tem de ser sempre novo. Mesmo que tenha 60 anos. Que procuramos mesmo quando a portas estão todas fechadas.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
bicha feia
2015 - Marquês de Palma ✓
2016 - Tasca do João ✓2017 - Vitrais ✓
2018 - Tia Matilde ✓
2019 - Solar dos Presuntos ✓
2020 - Belmiro ✓
No décimo ano, o gangue vai ao Minho.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
Coney Island Lou
"I was born in Brooklyn and I am a Coney Island Baby.
It was 1975 and I was being sued by a manager and his producer brother. I had released an album called Metal Machine Music which had had an unusually high number of returns and was taken off the market in 3 weeks. I had no money and no guitars. The roadies had taken them when they hadn't been paid. I was in debt to everyone, including the musicians union. RCA put me up in a hotel while the future fell, to be decided.
My friend Ken Glancy was the President of the company and he was a straight shooter and a noble man of honor. He asked me if I would promise not to do Son of Metal Machine Music. I said for sure. I was nothing but trouble. The nightmare of betrayal haunted me.
Ken put me up in the Gramercy Park Hotel. (...) I wasn't going anywhere but to the union, the lawyers and accountants to try to get me out of the classic mess I had let happen to me. I was amongst other things in contempt of court and had not had my taxes paid for the last 5 years.
Then Ken Glancy called and told me ok, pick a studio and go in and make a rock record.
And so I did."
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
Eunice Kathleen Waymon
The wonderful thing about this type of discrimination is that you can never know for sure if it is true, because no one is going to turn around and admit to being a racist. They just say no, you got turned down because you weren't good enough and you'll never know. So you feel the shame, humiliation and anger at being another victim of prejudice and at the same time there's the nagging worry that maybe it isn't that at all, maybe it's because you're just no good. (…) One thing was for sure: I was finished with music.»