* disse a C., filhota número 3.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
sábado, 19 de dezembro de 2020
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
domingo, 13 de dezembro de 2020
Obrigatório Recolher
"Lou Reed recorded the album Berlin in 1973. It was a commercial failure. Over the next 33 years, he never performed the album live. For five nights in December 2006 at St. Ann's Warehouse Brooklyn, Lou Reed performed his masterwork about love's dark sisters; jealousy, rage and loss."
sábado, 12 de dezembro de 2020
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
Era todos os dias !
Retweet if you remember the childhood struggle! pic.twitter.com/r3NkzSiHld
— 90s Football (@90sfootball) November 26, 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
Regresso ao 9º Ano em 12 cenas
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
o 'Fairytale' é quando o homem quiser (e não a BBC)
It was Christmas Eve babe
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Os contra-Voltaires* voltaram a atacar
Diz-se que foi Voltaire quem um dia declarou: "Não concordo com o que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito a dizê-lo.”
Voltaire viveu no século XVIII.
Por isso, é pena, para não dizer patético, que três séculos mais tarde se tomem decisões como esta:
«Versão censurada de 'Fairytale of New York' na BBC»
Parece espantoso, parece que caranguejamos para trás.
A discussão não é de agora, mas, aparentemente, a BBC receia o uso de determinadas expressões numa das canções de natal mais bonitas que já foram cantadas, e então substituiu "as palavras em calão de rua interpretadas pela convidada Kirtsty MacColl "You scumbag, you maggot/You cheap, lousy f*ggot", por outras, tidas como mais leves, como "you're cheap and you're haggard", em que a palavra "sl*t" é silenciada."
A BBC justificou a decisão "para não ferir audiências mais jovens em assuntos como género e sexualidade".
Faz-me impressão este tipo de coisas. Tratar os "jovens" (e não jovens já agora) como se fossem crianças. Menorizá-los ao ponto de acharem que não têm a capacidade de entender linguagem (e liberdade) poética e de compreender o diálogo, na canção, daquele marido e daquela mulher (dois emigrantes irlandeses em Nova Iorque, gente humilde e a quem a vida trocou as voltas, e que, sim !, se mimam com vários nomes e palavrões ritmados, e tristes, como acabamos por perceber), e de enquadrá-lo no espírito da época, que não é esta em que vivemos (a canção é de '87). E como se fosse proibido o uso de palavrões. Como se estes não tivessem direito à vida e não fossem a emoção das palavras.
Claro que, para quem pensa assim, nem vale a pena tentar explicar a beleza que um palavrão bem empregue pode ter numa frase (como MEC já fez). Quando não é gratuito. Quando compõe um quadro. Quando retrata uma cena.
O que custa é ver a mais importante (e talvez ouvida) estação de rádio inglesa (da velha democrática Inglaterra) aderir a esta tese, de que há palavras feias e que ferem (ou podem ferir) os nossos delicados ouvidos ou as consciências inocentes e puras da juventude (que não tem "armas" para as interpretar), e que, por isso, não podem ter lugar no discurso artístico.
Dá vontade de perguntar: what's next ? Também vão querer que se cortem todos os palavrões ditos no cinema ?
* como lhes chama Mick Hume, em "O Direito a Ofender - A liberdade de expressão e o politicamente correcto".