quinta-feira, 21 de novembro de 2024

old new adventures

 


Ultimamente tenho regressado muito a este álbum. 
Edição especial.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Nadal más

 


Foi espectacular. Um dos três maiores de sempre. Sem escala. 
Acompanhámo-lo sempre: aqui e aqui e aqui.
Foi um suserano. 
Mas também é a vida. Se acabó.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Francis Ford Coppolopolis




Megalopolis, uma fábula histórico-futurística.

sábado, 16 de novembro de 2024

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

a lei da memória


De como a ditadura e a vingativa repressão franquista do pós-guerra civil conduziu milhares para a morte por fuzilamento, porque tinham sido opositores  do golpe ou estavam "do outro lado", alguns apenas camponeses, para se preencher a chamada "quota de sangue". De como a estes milhares só foi dada a indignidade do enterro numa vala comum e de como mais de 70 anos depois continuam tantos por exumar e identificar. E, enfim, a luta dos seus descendentes pela memória e pela recuperação dos "seus". 
Como Pepica, a quem levaram o pai aos 8 anos.
«"Yo no quiero venganza, yo solo quiero llevar a mi padre al lado de mi madre y cuando me apetezca, llevarle un ramo de flores. No pido otra cosa. La noche antes de que lo mataran, mi padre escribió una carta en un trozo de papel higiénico y se la escondió en un dobladillo del pantalón. En ella nos decía que moría inocente y nos pedía que no le olvidáramos. Si está en algún sitio viéndome, sabrá que su hija no lo olvidó."»

... e cujo indulto chegaria três meses depois de ter sido assassinado.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

"Bambino a Roma", de Chico Buarque


«Jet lag, adrenalina, insônia, e com um ou dois comprimidos de Zolpidem me esqueci de fechar as cortinas. Acordei com o sol na cara, tomei mais um sonífero e só me levanto no meio da tarde: 16h16. O celular no modo avião me serve somente de relógio de cabeceira, nem o alarme eu aciono para não esbarrar numa tecla errada. Não gostaria de  dar de cara com uma enfiada de mensagens por responder, nem de constatar que não me mandaram mensagem alguma. Peço ao room service uma focaccia com presunto de Parma, meia garrafa de Pinot Grigio e um maço de Chesterfield. Faço a barba, tomo banho e mando chamar um táxi que me leve à galeria da Piazza Colonna, onde me lembro de uma grande livraria chamada Hoepli, depois Rizzoli, depois Feltrinelli, em suma, um bom lugar para me perder um pouco. O taxista me toma por um turista incauto e se põe a circular pela cidade, o que a princípio não me desagrada. Contornamos a Piazza Navona, cruzamos o Pantheon, avistamos a coluna de Marco Aurélio mas vamos parar na beira do Tibre, onde atravessamos uma ponte, voltamos por outra, e da terceira vez que passamos pela Piazza di Spagna pago a corrida e agradeço. Da praça à igreja de Trinità dei Monti são cento e trinta e cinco degraus que me lembro de subir de três em três, apostando corrida com meus irmãos. Eis uma façanha que eu hoje não poderia repetir, não só por causa da artrose nos joelhos; a escadaria está cheia de jovens estudantes e mochileiros, deitados com a cabeça no colo uns dos outros, fumando maconha ou entornando latas de cerveja. Enfrento a escalada de viés com duas pausas a meio caminho e chego ofegante lá no alto. O coração disparando, porém, atribuo à visão do pôr de sol, refletido nos muros cor de ocre e no rosto dos adolescentes que me lembram a irmã que perdi.»
 


(foto: cris / novembro 2024)

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Chiquinho

«Amadeo, filho do quitandeiro, não tirava a boina da cabeça e tinha a pele de uma cor amarelo-esverdeada. Acho que não ia à escola, pois estava sempre por ali ajudando os pais na quitanda da esquina. Era mais ou menos do meu tamanho, e com ele eu havia aprendido as primeiras palavras em italiano: calcio, pallone, fuorigioco, và a fancullo, coisa de futebol. Domingo de manhã cedo, todos menos meu pai íamos à missa na igreja do bairro, onde eu tinha sempre novos pecados a confessar para um padre impaciente. Mamãe e os mais velhos fazíamos jejum para a comunhão, e nem bem voltávamos para o café, o Amadeo me chamava da rua: Braziliano ! Eu saía com a bola de couro e jogávamos gol a gol na rua o domingo inteiro, só interrompidos pelo seu pai, que o chamava a toda a hora para ajudar no serviço; a quitanda só fechava às segundas, e creio que era lá nos fundos que os quitandeiros moravam.»

domingo, 10 de novembro de 2024

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

"a mobilizing energy"


A few words by Patti Smith

I wrote today

Read on Substack


visto aqui.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

domingo, 3 de novembro de 2024