segunda-feira, 8 de abril de 2013
Um erro de casting
José Sócrates não é comentador.
José Sócrates é um político. E com ambições.
Vê-lo, mas sobretudo ouvi-lo na televisão, é perceber que Sócrates não veio comentar a política nacional. Sócrates veio fazer política. Não mudou em nada. Nem na forma, nem na substância. Nem nos gestos, nem ao menos no tom.
Sócrates continua com a mesma consciência de si. O seu registo é igual ao que tinha quando saiu. O mesmo discurso, os mesmos trejeitos, as mesmas maneiras. Até as mesmas gravatas. Sócrates, não há dúvida, veio fazer oposição.
Ao governo, sem precisar de ser eleito, ao menos como deputado, aí onde arriscava morderem-lhe as orelhas.
E a Seguro sem precisar, sequer, de falar nele. Com a sua presença na televisão, com aquilo que quer dizer, Sócrates lembra-se. Ao país e ao PS. EU estou aqui. E EU voltarei. E vai ser candidato.
Sócrates não traz opiniões. Traz uma agenda.
Não à toa, a capa de hoje de um jornal do Norte, parece já avisar quem irá Passos Coelho ver todos os dias no retrovisor ou quem terá à frente no próximo debate eleitoral.
Grave não é ter voltado. Grave, mas mais que tudo, irritante é percebermos aquilo que Sócrates realmente quer.
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