quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Mr. T.


(Thompson and Thomson)

domingo, 30 de novembro de 2025

sábado, 29 de novembro de 2025

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

domingo, 23 de novembro de 2025

Fado-fusão



Lina era uma coisa dela. 
Primeiro apareceu um CD, depois outro e a seguir mais um.
Também chegaram os bilhetes. Sala pequena, a Luís Feitas Branco no CCB. 100/150 lugares. 
A Lina era coisa dela, mas a surpresa foi minha.
Do vozeirão já sabia. Afinal tinha ouvido os discos. O que não sabia era do piano. De Marco Mezquida, este catalão que vem do jazz. 
E a noite, que não foi fado, embora fosse, foi muito mais. Foi uma espécie completa e nova, um caminho que até pareceu dar a zarzuelas, habaneras, ao choro e ao jazz. E, no entanto, ao fado.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

terça-feira, 18 de novembro de 2025

"Do not go gentle into that good night"

 

Let's see that one again!
byu/VfV inScotland

Num Mundial outra vez, ao fim de 27 anos.
Sim, estes momentos emocionam-me.

domingo, 16 de novembro de 2025

"Rage against the dying of the light"

Avé, pá !


Gratos. 
Sobretudo pelos muitos bocadinhos de História que sempre recebemos com a colecção. 
E isso não se paga.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Cristina

"Et tu regardais Cristina
Ses jeans ses cheveux sa manière"

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Ouro negro


 

(fotos: Miana)

A família unida na Apanha que já contei aqui. Mais um ano e mais um fim-de-semana (que foram dois). 
Não chegámos à tonelada, mas valeu a pena e - diga-se - sem ajudas mecânicas. Tudo em nome do azeite. E isto é amor.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Carnal Knowledge, de Mike Nichols

 


A RTP tem uma memória do caraças.
Obrigado e boa noite.

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

letter to a friend

É quase meia noite. Neste dia, em 1993, à porta do "Viper Room", um clube nocturno em L.A. que pertencia a Johnny Depp, um jovem de 23 anos caía para nunca mais. Era actor, um dos melhores da sua geração. Gostávamos dos filmes dele. Ia actuar com a sua banda onde também tocavam dois elementos dos Red Hot Chili Peppers. Mas estava a ter uma overdose. E a namorada, Samantha Mathis, e o seu irmão, Joaquin, assistiram a tudo sem poder nada. 

Ficou ali para sempre. O seu nome era River Phoenix.

Mais tarde, em 1996, Michael Stipe, havia de escrever-lhe uma carta que nunca lhe enviou. 

Entregou-a no álbum "New Adventures in Hi-Fi". É quase meia noite e hoje lembrei-me disto.

domingo, 26 de outubro de 2025

MACAM


 E o sol voltou. E voltou bem.

sábado, 25 de outubro de 2025

um dia pr'á História



e chegámos aos 85.422 votantes. Democracia é isto.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Francisco Pinto Balsemão (1937 - 2025)



Nunca o vi (pessoalmente isto é) em Portugal, mas cruzei-me com ele em Nova Iorque. Um vislumbre. Subíamos a Park Avenue a pé. De repente, sentado num banco à porta de um restaurante, do lado esquerdo, ei-lo. Sozinho, a fumar um longo charuto. Estava sozinho, claramente a saborear aquele charuto. Não o interrompi. Deixei-o. Deixei-o ficar a fumar esse longo charuto sozinho.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

a ilha da Utopia


Vi muita gente criticar a Flotilha. Aqui no nosso paízito. Tudo certo. Todos temos liberdade de opinião.

Mas vi sobretudo pessoas que criticavam a Flotilha por levar quem levava na Flotilha. E não era a Sofia Aparício.

Perante o genocídio em curso, o mais grave momento da história da humanidade neste século XXI, houve pessoas (não poucas) que partiram em direcção a Gaza tentando furar o cerco, levando alimentos, medicamentos e o bem mais precioso que possuem: a sua própria pessoa. Enfim, levavam ajuda humanitária. É o que isto era. Porque sabemos que Israel não deixa entrar qualquer camião das Nações Unidas em Gaza. E não deixa ninguém entrar e sair. E porque sabemos (sabemos bem demais) que, a pretexto do atentado de 7 de Outubro, quer aniquilar um povo. E limpá-lo dali para fora. E fazer um resort, a riviera do Médio Oriente (com o padrinho Sam). E não quer testemunhas.

E perante tudo isto, há pessoas que criticam outras porque foram. Porque foram, e porque - aqui é que reside o ponto - são de determinada facção partidária e/ou ideológica. Não interessa se iam em paz, se eram imensas e de tantas nacionalidades, credos e convicções diferentes, se (até) arriscaram a vida, nem se foram atingidos, nem se foram presos e mal tratados. Ou se Israel violou o direito internacional (porque as deteve em águas internacionais). O que importa, para tais pessoas, é quem lá ia, porque, afinal de contas, seria "propaganda". É pena. É pequeno. E é triste que tenham passado ao lado do lugar certo da História. 

Para mim, que não pertenço a partidos, as pessoas da Flotilha foram sobretudo corajosas. E foram solidárias. E demonstraram que "nunca mais" é "nunca mais para toda a gente", deixando claro, again and again, que o governo de Israel faz, e pode, tudo aquilo que quer. Foi esse o legado da Flotilha. Confrontar novamente (nunca será demais) o todo poderoso governo de Netanyahu.

Por isso, ainda bem que tivemos portugueses a navegar o Mediterrâneo. Fico satisfeito, não pelo desfecho (previamente anunciado), mas porque ainda há pessoas, e civis !, que se interessam e mobilizam pelos outros. E arriscam o que têm e saem do conforto da sua liberdade. Para estender uma mão, para mostrarem a outros que não estão sozinhos. Porque num tempo de indiferença e omissão geral, ainda acreditam em Utopias. E isso, hoje mais do que nunca, é fundamental. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

terça-feira, 14 de outubro de 2025

our MTV



Já aqui expliquei: O fenómeno.

Agora vai acabar. Provavelmente estava na hora. 
RIP.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

domingo, 12 de outubro de 2025

sábado, 11 de outubro de 2025

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

sábado, 4 de outubro de 2025

Viva la Revolución !

 


Entretenimento superlativo é isto. 
Juntar Di Caprio, Del Toro e Sean Penn. Qualidade garantida.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

a miúda entrou na Fac

 

Biblioteca da Universidade de Évora 

(foto: Matilde)

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Cass County, Texas



Boa noite e bom fim-de-semana.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

era uma vez Claudia Cardinale (1938 - 2025)


La Dolce Vita * 1950 - 1960
Stars and Celebrities in the Italian Fifties
(Mercati di Traiano - Museo dei Fori Imperiali)
Roma / Outubro de 2010


Inesquecível no "Leopardo" e no "8 e ½"  e no maior de sempre: "Once Upon a Time in the West".

Beijinho ao pai que mo (ma) levou a ver em reposição no Ávila, há uns bons 30 anos.

sábado, 20 de setembro de 2025

"O Ano do Macaco"


«Prolongo a minha estada na cidade de Pessoa, embora não seja fácil dizer o que ando bem a fazer. Lisboa é a cidade ideal para nos deixarmos levar pelo tempo. Manhãs em cafés a escrevinhar umas coisas em mais um caderno, parecendo que cada página em branco oferece uma fuga, ao receber a fluidez constante da caneta. Durmo bem, sonho pouco, limito-me a existir apenas num intervalo que ninguém interrompe. Num passeio ao crepúsculo, a música ecoa pela velha cidade, evocando em mim a voz harmoniosa do meu pai a trautear baixinho Lisbon Antigua, precisamente uma das suas melodias favoritas. Lembro-me de, em criança, lhe ter perguntado o que queria dizer o título. Ele sorriu e disse que era um segredo.
E agora, amigos meus, repicam os sinos ao início da noite: Candeeiros iluminam as ruas calcetadas. No meio de um silêncio que lembra os quadros de Edward Hopper, faço o caminho que Pessoa fez tantas vezes. Um escritor capaz de criar personalidades diferentes, com maneiras distintas de ver o mundo, e tantos diários, assinados por tantos nomes. Caminhando pelas calçadas de paralelepípedos, passo por uma janela e vejo um senhor todo bem-posto ao balcão de um bar, ligeiramente debruçado, a escrever qualquer coisa num caderno. Está de sobretudo castanho e chapéu de feltro. Tenho o impulso de querer entrar, mas reparo que não existe porta.»

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Raindrops

 

Robert Redford (1936 - 2025)

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Ella and John



 Ou, melhor, Helen and Don.

Road Trip na última idade.
Com David Crosby a tocar ('If I Could Only Remember My Name').

domingo, 7 de setembro de 2025

road novel



"A ausência... quando dura demasiado, apaga os rostos... É preciso ter atenção."


"E além disso, pensas o quê? Que indo para outro lado não vais reencontrar todas essas merdas?"

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Pan Am



"Tu responder-me-ás até ao último grito."

Pablo Neruda

terça-feira, 2 de setembro de 2025

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Do something !

Há 11 anos, reproduzimos a fúria de Vedder com um grito muito semelhante ao de Ruffalo sobre Gaza.
Não passou tempo nenhum.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

"Podes pintar os olhos de azul", de Ricardo Leitão


(em Sveti Stefan / Montenegro)

«(Que é feito de ti que me desapareceste sem uma palavra dita, uma palavra escrita, um número de uma rua ou de um telefone, uma pista remota que pudesse servir-me de norte?)

Ou só um cartão com o meu número de telefone.
Também te procuro nas áreas comerciais, apesar de não me lembrar de te ver fazer muitas compras, preferias comer e falar, comer, gostavas de comer bolachas e fritos e andar de bicicleta.
Já corri os restaurantes aqui da zona, dou-me a desculpa que é mais rápido chegar ao sítio para onde me dirijo se passar por ali.
Que foi feito de ti depois de me visitares em minha casa, quase por surpresa, naquela noite de início de verão?
A noite em que não queria mais sair de ao pé de ti. Em que tentei desmarcar tudo para ficar contigo, que foste sempre tu, tu sabes que foste sempre tu.
Que é feito de ti, amor, que é feito de ti ?
Que nunca disse que te amava, adorar não era a mesma coisa, na altura era menos na escala do amor.
Que é feito de ti e das tuas pernas longas que se abriam generosamente, e do teu sabor ácido?
Da tua língua, que é feito dela que tocava a minha língua e os meus lábios e o meu pescoço?»

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

terça-feira, 19 de agosto de 2025

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

sábado, 2 de agosto de 2025

Rumo à Sildávia *


'O Ceptro de Ottokar'

* isto é, à Albânia e Montenegro.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

terça-feira, 29 de julho de 2025

Casa do Comum


 A Ler Devagar na rua da Rosa, 285

sexta-feira, 25 de julho de 2025

20 mil dias de volta à Terra

 


Regressa às salas no mês de Agosto. 
Recomendo. Já vi e vale a pena.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Lolita em Teerão



O hijab é a noite negra, amarga e triste.
Golshifteh Farahani é o dia. 
E não é a primeira vez.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

A Woman

(Coliseu de Lisboa)


"tristeza"
"sem esperança" 
"ressaca" 
"despedidas" 
"finais"
"morrer"

Quando lançou o seu último disco (que adquirimos logo que pudeste), estas eram algumas das palavras que usou para o descrever e
 anunciar a nova digressão, a que ontem tivemos o privilégio de assistir. 
A Beth Gibbons é nossa desde os PORTISHEAD (ainda andávamos na Faculdade). E é nossa desde depois. Quando trabalhou com Rustin Man. As etiquetas deste post dizem qualquer coisa de como é nossa esta mulher. E do que nos faz quando a vemos ao vivo em concerto.
Ontem voltámos. 
Tímida, sem plumas ou lantejoulas, entra e entram e canta e começam a tocar. Não diz nada. Ninguém diz nada. Canta. Não diz quem é (não precisa) e não apresenta ninguém. Canta. Tocam. Uma canção e outra e outra. Como se estivesse numa casa em frente ao oceano ou no meio de uma floresta. E ninguém a pudesse ouvir. Excepto um pássaro. 
Ao fim de bastante tempo, agradece-nos, envergonhada, contorcendo-se sem jeito, se a deixassem fugiria ou enfiava-se palco abaixo, quase nos pedindo desculpa por nos ter tirado de casa para a ir escutar àquela hora a meio da semana.
"Lives Outgrown" são aquelas palavras de cima. É a beleza das coisas tristes. Como os dois bocados do "Out of Season" que escolheu para dar mais. E como se não bastasse esse tanto, ainda termos "Roads" e "Glory Box" (Dummy).

Mas ali também havia outras palavras. "Tens de ser corajosa" dizia ela. "Whispering Love".

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Shahid

 


Ontem na RTP 2. 
Hoje, e por enquanto, disponível aqui.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

o primeiro de sempre



Quem esteve, esteve. Quem não esteve....

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Bill Callahan



Teatro Tivoli. 21h45m. Um homem. Um pedal para o prato, outro para um bombo. Uma guitarra e uma voz. Grave. A mais grave. Bill Callahan é o homem dos quatro instrumentos. 
A solo. 
Diz que vem por pouco tempo porque tem mulher e dois filhos e, de contrário, "eles vão perceber que não precisam de mim e lá terei que voltar para a rua com uma mala e sem ter para onde ir."
A solo.

sábado, 5 de julho de 2025

Sai(u) de Casa


(foto: Matilde)

Conheci a Maria pequena, teen isto é. É filha do Ricardo, um amigo de há 30 anos quando estudávamos Direito (ele menos) e nos púnhamos sobretudo a olhar para as miúdas no bar da faculdade a escolher a mais gira. Falávamos de música, dos Floyd, política às vezes, e sextas à noite íamos p'ró Bairro. No anfiteatro gozávamos com os profs. Depois ele deixou e foi para cinema. Fez bem. E escreveu um livro que até hoje espera para me dar. 
Mas a Maria.
A Maria escreve e compõe. E toca piano. E canta. E tudo isto bem. Tão bem. E já dá concertos no MusicBox a suarmos. O primeiro de sempre. E vai lançar agora um disco produzido pelo MARCELO CAMELO. Também estudou e também deixou o Direito. Fez bem. Andou no jazz (Hot) e isso notas (e acordes). A Maria é um pop bom. Tranquilo. De quem está a nascer mas já tem a dizer. Em crescimento. Sem dramas nem revoltas. Bem resolvido. E em português. De voz rouca e fresca como se fosse um pequeno ribeiro que começou a escorrer entre rochas de granito.
A Maria Leitão. A miúda faz-se.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Cão Danado

 


Michael Madsen (1957 - 2025)

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Diogo Jota (1996 - 2025)



Gostava de o ver jogar. Classe dos pés à cabeça e um avançado irreverente e felino.
Uma tragédia do caraças, uma notícia incompreensível e chocante e uma história tão dramaticamente portuguesa.

terça-feira, 1 de julho de 2025

a Dispedida

Começámos a despedir-nos quando chegaste. 
Não há 15 anos, mas no dia da tua volta e te fomos receber porque íamos assistir ao adeus das tuas botas e abanar de saudade quando deixasses de desequilibrar o campo com uma finta que só tu entendias ou com um passe para a baliza (se marcavas um penalty ou um livre directo). 

Começámos a despedir-nos quando percebemos que a magia inesperada das tuas vírgulas e passes de letra era um alfabeto novo e que esse maravilhoso desprezo pela gramática era chutado para a eternidade. 
Quando compreendemos que o prodigioso drible curto com o berlinde nos pés não eram nossos jamais e que a bicicleta ou o golo olímpico entravam para nunca mais. 
Ou quando desapertavas esse ilógico troca-pés e a repentina canhota se libertava de uma ginga torta e oblíqua e que desmontava toda a defesa, para depois aninhar a menina no golo dos outros. E tudo isto fosse já uma lembrança velha nos relvados.

Começámos a despedir-nos de ti quando regressaste. Quando vimos que a curva-contra-curva onde viravas adversários se ia fechar e nos podíamos despenhar. 
Quando nos falta o chão e somos o choro de um velho nas bancadas, porque o teu nome já não é do jogador, mas sim de um mito.

Mundial !


sexta-feira, 27 de junho de 2025

expresso do oriente


«Toki tinha vinte e seis anos, mas a sua bela pele branca fazia-a parecer uns quatro anos mais nova. Os seus olhos, com enormes pupilas negras, cativavam a clientela. Quando os clientes lhe diziam alguma coisa, sorria e olhava para eles, revirando os olhos para cima, o que lhe valia o seu gáudio. E ela estava ciente disso. O rosto oval e a delicada área entre os lábios e o queixo davam-lhe um perfil esbelto.
Isso explicava porque é que alguns dos clientes a tentavam seduzir.»

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Linguado


O monólogo deleite comedor e táctil pela língua portuguesa. 
O espectáculo das palavras. A aventura do falar. 
Hoje num CCB à cunha.