(em Sveti Stefan / Montenegro)
«(Que é feito de ti que me desapareceste sem uma palavra dita, uma palavra escrita, um número de uma rua ou de um telefone, uma pista remota que pudesse servir-me de norte?)
Ou só um cartão com o meu número de telefone.
Também te procuro nas áreas comerciais, apesar de não me lembrar de te ver fazer muitas compras, preferias comer e falar, comer, gostavas de comer bolachas e fritos e andar de bicicleta.
Já corri os restaurantes aqui da zona, dou-me a desculpa que é mais rápido chegar ao sítio para onde me dirijo se passar por ali.
Que foi feito de ti depois de me visitares em minha casa, quase por surpresa, naquela noite de início de verão?
A noite em que não queria mais sair de ao pé de ti. Em que tentei desmarcar tudo para ficar contigo, que foste sempre tu, tu sabes que foste sempre tu.
Que é feito de ti, amor, que é feito de ti ?
Que nunca disse que te amava, adorar não era a mesma coisa, na altura era menos na escala do amor.
Que é feito de ti e das tuas pernas longas que se abriam generosamente, e do teu sabor ácido?
Da tua língua, que é feito dela que tocava a minha língua e os meus lábios e o meu pescoço?»

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