No outro dia passou o 'Laranja Mecânica' no cabo.
Houve uma altura em que Kubrick foi Santarém. A casa da avó do velho amigo em temporadas de pré-verão e madrugada.
1990 ou '91. Dois putos de 13 anos em frente à televisão e ao VHS e até já estou a ver aquela salinha.
A prospecção de filmes mais velhos, alugados ou gravados do canal 2. 'Shining', lá está, mais um. Naquela altura Kubrik era Santarém.
Mas também Francis Ford. 'Apocalypse Now' e os 'Padrinho' todos. Garimpagem com os olhos a dar a dar nas minas do videoclube lá da terra. E depois cuspir na infância o catarro que vinha agarrado. Com banhos de sangue.
'Carrie', do Brian de Palma e da Sissy Spacek, ou o 'Chucky', de certeza. Terror puro.
Enfim, nem tudo tinha que ser obra prima, mas importante mesmo era sair da gruta, com cassetes debaixo do braço.
Enfim, nem tudo tinha que ser obra prima, mas importante mesmo era sair da gruta, com cassetes debaixo do braço.
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