Vi-te quando eras pequena.
Tinhas um vestidinho comprido e às flores. Reconheci-te logo por causa do cabelo. Corrias feliz de um lado para o outro numa praceta e davas saltos. Acho que havia uma igreja.
Não tive coragem de te interromper o momento. Fiquei quieto. Só a ver. Encostado numa pedra fria de granito de uma casa não sei de quem.
Mas tu, sei lá porquê, vieste falar com o estranho. Devo ter olhado de alguma maneira também estranha.
Não quiseste saber o meu nome. Perguntaste-me só se te podia contar uma história. Claro, miúda.
Contei-te uma. Que interrompias fazendo perguntas. Depois pediste outra. Ficaste muito calma, sossegada, quase dormiste.
Depois desapareceste.
Não sabia que se podia viajar no tempo.
Então não pode... Basta apenas um pouco de imaginação e deixarmo-nos levar pelas palavras do outro!
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