Manhã de sol, gloriosa. O rapaz, ainda inconformado com a saída do Cardozo ("Porquê, pai?"), está impressionado com a quantidade de taças. A rapariga com o tamanho de algumas. Ambos com o fim de Miklos Fehér no relvado de Guimarães e com a camisola exposta na vitrine, rasgada ao meio da reanimação.
O pai, sobretudo com o holograma do Rei, com as botas e com a bola de ouro. Com os calções imaculados e a camisola branca do Nené, a número 6 do Shéu e a 10 do Chalana, vermelhas-sangue. Com a 'Fnac' do Mozer. A do Stromberg, pela Suécia. Até vislumbrar a da Argentina oferecida pelo mago Pablito Aimar, e é aí que perde a cabeça e desata em cântico, como se agora o museu fosse Estádio. "Pai, cala-te ! Estamos num museu."
Pelo meio, toda a lição do séc. XX. Os grandes acontecimentos e personalidades mundiais, e o Benfica transversal, quando atingimos o terceiro piso. Para chegar à marca de penalty que o puto se encarrega de marcar à exaustão até fazer golo. "Isso, não faças como o Veloso. Remata para a direita.", digo-lhe eu.
À saída, com as mãos em prece, implora uns calções do Benfica, brancos com a faixa negra na costura. O pai dá estes que era os que gostava para ele.
Para a garota, um porta-chaves de classe para andar sempre com ela.
Grande post, se bem que se o meu programa fosse esse precisaria de 3 Nordés de rajada para me recompor, como percebes!
ResponderEliminarTens noção que a miúda não pode mesmo andar com esse porta-chaves?... Há coisas que não dá mesmo, seja qual for o clube. Mas de facto não me lembro de alternativas que a pudessem compensar; já quanto ao jovem vai no bom caminho: podia ter pedido tudo e mais um par de botas (literalmente, neste caso!) e pediu uns calções. Uma educação regrada nota-se nestas coisas.
Um abraço
Excelente!
ResponderEliminar