Na vida as coisas nunca são só como a gente quer. Foda-se, de repente pareço o Mick Jagger a escrever canções.
A madrugada tinha escorrido quase inteirinha a ver o "Woodstock". E não só o "Director's cut", mas o filme completo. Era Agosto e havia praia. Duas horinhas de sono apenas não seriam de menos. Recuperava na areia do dia seguinte.
De regresso ao ritmo dos dias, só pensava em tê-lo na mão. Tinham lançado o filme completo em DVD. Em Portugal numa edição limitada que rapidamente esgotou. Porque há filhos e enteados.
Sobrava o mundo imaterial e detestável da internet: a Amazon. Tau ! Tinham, claro.
Encomendou. Pagou. Quando chegou… não dava. Foi ver. Era um “Blue Ray”.
Como não pesca um chaveto destas coisas, tinha comprado um DVD incompatível com o aparelho que tinha em casa. Fuck.
Como tem sangue de judeu, e o sangue não perdoa, não ia agora comprar um aparelho “Blue Ray” só por causa do filme. O que temos usamos até ao fim.
Passaram mais 4 longos anos, até que finalmente o bicho deu o berro. Arre que era bom ! Meteu-se no carro e pimba, 79 euros num “Blue Ray” em promoção. Não volto a gastar mais do que 100 numa porra destas.
Até que finalmente. Ontem à noite repetiu a madrugada, quando as vozes do mundo se calam e o inferno sossega.
Woodstock não era só (?) Jimi Hendrix, Jefferson Airplane, Santana, Richie Havens, os The Who, Joe Cocker e os Crosby.
Era agora 3 days of peace and music. Eram 40 minutos de Grateful Dead, e os Creedence.
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