Fechou o Quarteto,
o Mundial,
fechou o Ávila. O Turim e o Cine 222. E o São Jorge é só para festivais. E o Cinema Roma acho que nem isso.
Para não falar do Condes, do Europa, do Império, entregue à seita brasileira (crime à cidade !) ou dos Alfas.
No Caleidoscópio, ali para os lados do Campo Grande, também houve uma salinha. E até o Restelo teve um cinema no bairro, onde vi o 'Regresso ao Futuro', quando era puto.
Fecham os cinemas todos de rua.
Mas há centros comerciais e cheiro a gordura e a milho cozinhado.
Que porra !, não poder ir ao cinema, só cinema. De ter que atravessar corredores de lojas e de gente desalmada que vai para outro lado, ou vai se calhar às multi-hipóteses de outras 20 salas, e tanto lhes faz porque só quer encher barriga.
Futuro de merda. Ir ao cinema não é só aos filmes. É deixar o carro na rua e não me soterrar no inferno de um parque debaixo do chão. É ver pessoas e os bairros da cidade e as ruas, e isto assim, isto faz mal.
Sobrevive o Nimas, o Monumental vá, o Alvalade e o Fonte Nova, que é Centro, mas a gente perdoa-lhe. E agora foi-se o King.
(foto: andré raposo)
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