Quando a década de 80 terminou, acabava com ela uma dinastia bicéfala no mapa da NBA como quase sempre termina tudo o que dura há muito: com uma breve tempestade e dois relâmpagos brutais.
Dominados por duas equipas que dividiam à vez os títulos de campeão - Lakers, na costa Oeste, e Celtics, na costa Leste - os anos 80 haviam de trazer ainda, não sem estrondo, uma equipa forjada a pulso numa cidade industrial, uma cidade de óleo, tijolos e aço e para quem a infância nunca foi fácil.
Foi assim que, em plena Motown, surgiram os Detroit Pistons. Uma equipa que além de acabar com o showtime de um Magic Johnson e o orgulho na tradição de um Larry Bird, ainda impediu a explosão imediata de Michael Jordan. Tudo em simultâneo ! No fundo, enterrando o velho mundo e abrindo caminho para o que estava para vir. Com pé-de-cabra. Foi a tempestade perfeita.
Se no ataque brilhavam os letais Isaiah Thomas, Joe Dumars, o "assassino silencioso", e John Salley, a "aranha", na defesa contavam com os assenta tijolos Bill Laimbeer, Rick Mahorn e um desperado chamado Dennis Rodman.
A todos os Pistons responderam da mesma forma: de punhos e dentes cerrados até ao back-to-back dos títulos de 88/89 e 89/90.
The Bad Boys.
Em Lisboa, um miúdo (que até era Lakers) só podia mesmo render-se a estes rebeldes, e lá foi arranjar uma t-shirt e o boné dos Pistons que, 25 anos depois, recuperou num filme de 2 horas que viu pela noite fora. Qualidade ESPN.
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