King Keef Richards.
«Ali estás tu muito bem a tocar com uns tipos, quando te sai um Oh, yeah! Essa sensação vale por tudo. Por um instante, sentes que deixaste o planeta, que ninguém te pode tocar. Estás noutra esfera, com gajos que partilham exactamente o mesmo objectivo. Quando isso acontece, meu amigo, ganhas asas. Depois voltas, mas sabes que estiveste num sítio onde a maioria das pessoas nunca há-de pôr o pé, um sítio único. Só queres voltar a descolar, voltar a aterrar; mas quando aterras, tens a bófia à coca. Andaste a voar sem autorização.
(...)
A oportunidade surgiu, e quem é que seria capaz de as deter? Encharcadas de desejo sexual, apesar de não saberem muito bem o que fazer com ele. Como toiros enraivecidos, e nós o pano vermelho! Foi o delírio. Uma força incrível. Nadar num rio cheio de piranhas era mais seguro. Ganhavam balanço a mais e perdiam o controlo. Miúdas que se vinham, que sangravam, que rasgavam as roupas, se mijavam nas cuecas. Era o pão nosso de cada dia. O concerto era isso. Pouca diferença fazia, quem estivesse a tocar. Estavam-se bem marimbando para o facto de eu querer ser um músico de blues.»
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