«Agora, o Fonny sabe porque está aqui - porque está onde está; agora, atreve-se a olhar à sua volta. Ele não está aqui por alguma coisa que tenha feito. Ele sempre soube isso, mas agora sabe com uma diferença. Às refeições, nos duches, a subir e a descer as escadas, à noite, mesmo antes de todos serem fechados outra vez, ele olha para os outros, ele ouve: o que fizeram eles? Nada de mais. Fazer de mais é ter o poder de enviar estas pessoas para onde elas estão, e mantê-las onde elas estão. Estes homens cativos são o preço escondido de uma mentira escondida: a de que os justos têm de poder localizar os danados. Fazer de mais é ter o poder e a necessidade de dar ordens aos danados. Mas isso, pensa o Fonny, funciona nos dois sentidos. Estás dentro ou estás fora. Pronto. Estou a ver. Filhos da puta. Não me hão-de enforcar.»
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