O futebol é alegria. E no futebol alegria é golo. O desejo constante. Eternamente renovado.
Em três anos de Benfica, Rodrigo Lima, o incansável batalhador, venceu 2 campeonatos, 3 taças da Liga, 1 taça de Portugal, 1 supertaça. E assinou duas finais europeias.
Marcou golos de todas as formas e feitios. De cabeça, com remate cruzado, de livre directo, à entrada da área, encostando a bota, até com a anca, no Porto, onde bisou, maravilha ! Fez golos depois da hora, definitivos, que são aqueles que resolvem um jogo.
Lima é dono de cativo na Luz, por direito.
Mas nunca chega. Para o adepto nunca basta. Para o avançado também não. Ambos vivem numa luta injusta, o que é justo. Sempre à procura da alegria irrepetível que é quase febre. O tal orgasmo que nunca se sabe quando aparece. Segredo inesperado que sempre se espera. Do sonho de ouvir a bola aninhar-se nas malhas e do uníssono grito que logo ensurdece. E um não é um sem o outro. Depois vem o beijo na camisola, os abraços incontidos. Os olhos que lacrimejam e os lábios que sorriem.
A paixão do avançado pelo golo que é o vértice do adepto na bancada.
Lima deu-nos tudo isso. A esperança no futebol. A alegria do povo. O melhor que alguém nos pode propor. A vertigem de acabar onde tudo deve.
Mas nunca como nas meias contra a Juventus. Jogo empatado. 84 minutos e um monumento erguido em três segundos. Mesmo que ainda faltasse ir a Turim, ali o Benfica já era final.
o Lima fica nos nossos corações para sempre. Isso é inquestionável. Quando vi esse vídeo até me arrepiei
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