Este homem, nos seus cinquentas e de barba completamente branca, tinha-se-nos apresentado na "Paragraphe", ao ouvir-nos falar em português. Reconhecera a língua de a escutar no bairro onde crescera.
Andreas Kessaris, filho de emigrantes gregos, veio mesmo ter connosco. Para se certificar que éramos, de facto, portugueses. A conversa foi correndo com a naturalidade de quem adora falar com pessoas de fora. Perguntei-lhe coisas dele e ele coisas nossas. Depois, por alguns livros e se me recomendava alguma coisa sobre a cidade e ele trouxe-me um, que ele escrevera. Afinal, não trabalhava apenas na livraria, como até já tinha um livro publicado de um dos bairros da cidade. Pequenas histórias dele próprio nesse bairro.
Depois quisemos falar com os outros empregados. O luso-italiano que estava ao balcão, cuja mãe era de São Miguel, mas que nunca foi a Portugal. E a rapariga filha de chineses. O Canadá é um melting pot. E o meeting point é esta livraria. Disse-me que gostava de Pessoa. E eu perguntei-lhe se conhecia Mário de Sá Carneiro. E depois o 'Fim'. E depois os 'Resistência'. Escrevi tudo num papel para ela ver no google e no youtube.
It was me meeting them.
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