Vamos ao futebol por causa de génios como ele. Pelos Diego Armandos, os Chalanas, os Baggios, os Aimars, os Zidanes, os Gazzas, os Tottis, os Bernardos. São estes pequenos génios que nos fazem sair de casa, com sol, frio ou chuva, e que nos levam durante aqueles minutos de volta à infância, onde nunca havia problemas e tudo era um lugar bom. É por eles.
Ao ponto de até festejarmos um golo de Espanha na final de um mundial. Não foi por acaso que o único golo do jogo, o golo "de todos" , saiu das botas de Andrés Iniesta. Foi porque o futebol é de homens como ele.
Que quando se retiram nos deixam uma pergunta amarga: e agora ?
"A nossa professora de Inglês, a Menina Gredis, era uma besta quadrada. Era loira e tinha um nariz grande e afiado. O nariz não era grande coisa, mas isso não importava quando olhávamos para tudo o resto. Usava vestidos justos com decotes grandes, sapatos de salto alto negros e meias de seda. Parecia uma serpente com pernas bonitas. Apenas se sentava na secretária para fazer a chamada. Deixava sempre uma secretária vazia à frente da turma e quando acabava de fazer a chamada vinha sempre sentar-se nela, virada para nós. A Menina Gredis sentava-se ali de pernas cruzadas e com a saia bastante subida. Nunca tínhamos visto pernas e ancas como aquelas. Bem, havia a Lilly Fischman, mas a Lilly era uma menina-mulher enquanto a Menina Gredis estava na flor da idade. E desfrutávamos dela todos os dias durante uma hora. Não havia nenhum rapaz na turma que não ficasse triste quando tocava a campainha e a aula de Inglês terminava. Depois falávamos sobre ela."