Domingo, 30 de Janeiro de 1972.
Em Derry, Irlanda do Norte, uma manifestação pacífica da Associação dos Direitos Civis da Irlanda do Norte. Catorze pessoas, sete dos quais adolescentes, caíram mortas pelos tiros das tropas inglesas que investiram contra manifestantes desarmados.
Hoje, 38 anos volvidos, terminou o inquérito judicial a esta barbárie com conclusões devastadoras para o governo inglês.
David Cameron, o recém-empossado Primeiro-Ministro, declarou que o domingo sangrento foi injustificado e injustificável e pediu perdão em nome do governo e em nome da Grã-Bretanha.
Hoje lembrei-me de Belfast.
Dos seus murais, do mártir Bobby Sands e de entrar na temível Loyalist Zone.
Estive na Irlanda faz cinco anos. Dei a volta à ilha.
Conheci Belfast. Vi a separação de um país. De uma cidade. Dividida pela religião. Separada pelo sangue. Pela morte. Pelo ódio. De gentes que vivem na mesma terra, que pertencem ao mesmo país, e que são todos irlandeses.
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