sexta-feira, 28 de setembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

Belém, 21 de Setembro de 2012

"- Pai, eles podem governar, mas nós vimos cá todas as sextas-feiras para gritar."







[fotos: andré]

O Conselho Somos Nós

[Belém, 21 de Setembro de 2012]



[fotos: andré]

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Das que os têm bem no sítio







A escritora diz que não pode, em consciência, receber o prémio literário D. Dinis de alguém «empenhado em destruir» Portugal.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"A Poesia está na Rua"

Femen: «Ils ne peuvent pas s'arrêter à la nudité»

Começou na Ucrânia e de corpo despido protestam contra o regime patriarcal (e assumidamente clerical) de Kiev.
As últimas detenções e avisos de que foram alvo obrigaram a uma viagem a Paris, onde estão a criar um campo-base. 
Paris, onde mais ?



www.femen.org

Petrograd


"Murder is the most powerful political tool. Better than any election or damn fool Duma. It is the King, the Tsar, the Emperor of political actions."

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

esta Crise é (mesmo) uma Oportunidade

(foto Reuters)

E de repente fez-se luz.
Saímos das trevas do pântano em que vivíamos. Tudo volta a ter sentido outra vez.

À mesa dos restaurantes, voltam as grandes discussões. À mesa de casa dos pais. Nos casamentos. À mesa. Aquelas discussões que assistíamos em casa dos Avós nos jantares de sábado sem perceber a conversa dos adultos.
Nas papelarias, nas paragens de autocarro, nos cafés e esplanadas, no metro, numa livraria, por e-mail com os velhos amigos, a caminho do Estádio da Luz. Onde quer que encontremos pessoas. Falamos com elas.
Está tudo vivo, outra vez. E respira, finalmente !
Finalmente.
É este o exemplo que quero para os meus filhos. A vida existe e discute-se.

Fazem-se manifestações, reuniões, ajuntamentos, há polícia e os petardos já se ouvem, as pessoas pensam, porque as pessoas não aguentam tudo e têm de o pôr cá fora.

Esta crise é a oportunidade que pedíamos, e permitiu que pudéssemos sair do Centrão que era o zero. Hoje volta a fazer sentido a velha discussão direita e esquerda. Podemos pôr os nomes que quisermos. Tu és liberal, e tu comuna; sou mas é socialista. Verdadeiro. Mas voltamos à velha discussão.
Não é dos partidos.
É outra coisa. É real.
Finalmente saímos do marasmo. Há outra vez barricadas. Nós, eles e vocês.
Esquerda e direita volta a fazer sentido.
Já não se fala das novelas ou da bola. Finalmente, volta o Mundo. O mundo dos princípios, dos valores, das ideias, sim. Que a todos preocupa.

Faz sentido, porque começou a hora de tomar as grandes decisões.
Estamos a falar do nosso “Fight Club”. É este o "Fight Club" porque tanto ansiava. Já começou.
E, afinal, ainda pode haver uma revolução nos nossos dias.
Todos agora temos de pensar se aceitamos que o défice seja limpo com mais impostos, que atacam os rendimentos do trabalho, que a criatividade dos políticos no poder não avance para a despesa. Que continuem a poupar as mais-valias dos investimentos ganhos na Bolsa.

Como é evidente, ainda não estamos preparados para mudar de governo, embora a rataria tenha começado e já tudo o encaminhe.
Seguro não é solução. Faz parte da mesma geração “Morangos” do Pedro.
Daí que seja fundamental aderirem ao MPT (Movimento Pró Tarte). As inscrições fazem-se no post abaixo e estão abertas.
Só quando formos capazes de mostrar à Geração “Morangos” que podem ter uma tarte à espera deles em cada esquina é que podemos correr com eles.
E fazer com que a boa moeda expulse a má.
É que esta malta dos “Morangos” tem o horror a sujar o fato. É Hugo Boss e não querem.

Eu não quero suicídios, ou que as pessoas, como dizia o Vitor Malheiros, morram aos poucos.
Esta não é a hora de sair de cá. É a hora de regressar.
E pegar numa tarte.
O dia é lindo e estamos vivos outra vez.
O país é belo e vale a pena lutar por ele.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MPT: Movimento pró-Tarte

Leio num jornal (agora vejo que é mesmo sensacionalista) que houve uma tentativa de agressão à Ministra da Agricultura. 
Procuro na notícia o objecto do crime - porque a tentativa já é punível - e, afinal era... um ovo ?! 

Um ovo ? Num político (ainda que Senhora) ?
Não.
Um ovo num político - se tivesse acertado - não era um crime de ofensa à integridade física. Era democrático. Uma manifestação espontânea de um português descontente.
Julgo que em Portugal há uma fraquíssima capacidade de encaixe.
E nem se percebe porquê. Faz parte da infância de qualquer miúdo de 10 anos que se preze. Não só pôs, como sabe o que é um ovo na tola. Não dói, hidrata o couro cabeludo e  é bem proteico.
No caso talvez poupasse à Sra. Ministra a compra de um champô numa ida ao cabeleireiro.
Em Portugal os políticos têm medo de perder a pose. Mas só se lhes sujarem o fato. Quando se trata das licenciaturas, de aceitar um lugar de administrador numa empresa que teve negócios com o Estado quando eram ministros, ou, simplesmente, de mentir em público, os contorcionismos são totais.
Em qualquer país democrático os cidadãos livres recorrem à técnica da Tarte quando se trata de pôr na ordem alguns cavalheiros. Quando chega a hora de lhes mostrar que do pó vieram e ao pó hão-de voltar. Na Bélgica, por exemplo, ou na Holanda. 
Sou a favor da Tarte. 
Há momentos na vida de um país em que se esgotam os argumentos mas se deve pôr os pontos nos 'is'.
É doce, higiénico e saudável, e coloca-os ao nível da sua prática. Devíamos usá-la como a um lenço de papel.
E, depois, quem é que não gosta de uma boa tarte ?

Nas próximas eleições, voto Tarte. 
A Tarte é sério. Fala muito. É evoluído e civilizado.
A Tarte é patriótico.



O Primeiro Ministro do Canadá, Jean Chretien, 2000

O essencial (não) é invisível aos olhos

Se não fossem:

a) o Sol;
b) as praias;
c) as esplanadas que, afinal, existem e já parecem cogumelos; e
d) o S.L.B. (como diz o MEC),

o país matava-nos.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Estamos contigo, Campeão !



Não dá para ganhar sempre.
E o Andy Murray esteve simplesmente impressionante.

US Open 2012
Murray    7 / 7 / 2 / 3 / 6
Djokovic 6 / 5 / 6 / 6 / 2

Duração do encontro: 4h54m.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O Pedro ou a geração "Morangos" no Poder

"Amigos,


Fiz um dos discursos mais ingratos que um Primeiro-Ministro pode fazer - informar os Portugueses, que têm enfrentado com tanta coragem e responsabilidade este período tão dificil da nossa história, que os sacrificios ainda não terminaram.

Não era o que gostaria de poder vos dizer, e sei que não era o que gostariam de ouvir.

O nosso país é hoje um exemplo de determinação e força, e esse é o resultado directo dos sacrifícios que todos temos feito. Porém, para muitos Portugueses, em particular os mais jovens, essa recuperação não tem gerado aquilo que mais precisam neste momento: um emprego. Quem está nessa situação sabe bem que este é mais do que um problema financeiro - é um drama pessoal e familiar, e as medidas que anunciei ontem representam um passo necessário e incontornável no caminho de uma solução real e duradoura.

Vejo todos os dias o quanto já estamos a trabalhar para corrigir os erros do passado, e a frustração de não poder poupar-nos a estes sacrifícios é apenas suplantada pelo orgulho que sinto em ver, uma vez mais, do que são feitos os Portugueses.

Queria escrever-vos hoje, nesta página pessoal, não como Primeiro-Ministro mas como cidadão e como pai, para vos dizer apenas isto: esta história não acaba assim. Não baixaremos os braços até o trabalho estar feito, e nunca esqueceremos que os nossos filhos nos estão a ver, e que é por eles e para eles que continuaremos, hoje, amanhã e enquanto for necessário, a sacrificar tanto para recuperar um Portugal onde eles não precisarão de o fazer.


Obrigado a todos.

Pedro"
in facebook

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Javi Garcia: um miúdo da Cantera




Não sei bem o que te diga, Javi.
Não sei mesmo se é preciso.
Escuto que "jogavas sempre com a faca nos dentes" que eras "odiado pelos nossos rivais, e isso diz tudo", que "sorriste para a bancada como um adepto do Benfica" quando enfiaste aquela marrada no jogo contra o Sporting e nos deu a vitória.

Não sei se é preciso, e não é. Porque à família não se diz tudo. Basta olhar. Às vezes um beijo e chega. Ou encostar o ombro e não se fala mais nisso.

Tu, cabrão !, tu estavas lá bem no meio de nós. Tu sabes. Um de nós. Aquele que tinha tido a sorte de vestir todos os domingos a camisola do Benfica. O único que conseguia pisar o relvado quando aos outros não deixavam.
O único (como nós) que não desistia nunca. Só assim se compreende aquela monumental cabeçada que enfiaste aos 85 minutos quando perdíamos em Londres os quartos da Champions. Se alguém podia marcar esse golaço, eras tu. E no meio de cinco adversários !
Foi fé, querer tanto como nós. E o instrumento físico do teu corpo, a defender-nos com tais ganas.
Tu eras nosso. Aquele amigo, enfim, ou irmão raçudo, que conseguiu chegar onde queríamos todos quando éramos mais putos e nos rasgávamos no Bairro, e até parece que já sou do City.

Claro que gostávamos que envelhecesses connosco, mas acho que agora já não estou triste.
Porque embora a saudade fale, foi melhor talvez assim. Acontece a quem se quer bem.
O melhor às vezes é que se vão, porque aqui só somos crise. Azul e branca. E porque, mesmo que te déssemos tudo, aqui já só podias sonhar em ser feliz.

La Julie, quand même



[foto: andré]

terça-feira, 4 de setembro de 2012

8 anos


[foto: andré]

"Quando acordaram de manhã, na mesma cama, ela disse-lhe que queria ter um passado com ele. Não era um futuro, que é uma coisa incerta, mas um passado, que é isso que têm dois velhos depois de passarem uma vida juntos. Quando disse que queria ter um passado com alguém, queria dizer tudo. Não desejava uma incerteza, mas a História, a verdade."


Afonso Cruz in "Jesus Cristo Bebia Cerveja"

segunda-feira, 3 de setembro de 2012