No Paralelo 23
quarta-feira, 15 de maio de 2024
sábado, 11 de maio de 2024
"C’è ancora domani", de Paola Cortellesi
Belo. Belíssimo, este filme. Com todas aquelas gramas que nos fazem ir ao cinema.
E surpreendente. Como o cinema devia ser sempre.
conhecer cinema japonês através de QT
Antes de "Kill Bill", volumes I e II, houve "Lady Snowblood".
quinta-feira, 9 de maio de 2024
- Pai, a guerra é mesmo uma grande estupidez !
terça-feira, 7 de maio de 2024
Coreia de...
«(...) foi na Coreia que a Guerra Fria teve início, um conflito de uma natureza distinta, o qual permitiu às superpotências do planeta confrontarem-se sem se combaterem directamente. Depois da Segunda Guerra Mundial, era disso o que precisavam os Estados Unidos da América e a União Soviética. Desde a sua vitória conjunta, a cooperação que lhes permitira vencer a Alemanha nazi e o Japão imperialista transformou-se numa corrida pela hegemonia. Agosto de 1945 marcara o domínio do átomo, assegurando uma vantagem para Washington e o campo do liberalismo. Mas rapidamente o bloco soviético cobriu essa diferença, quando Moscovo adquiriu as suas armas nucleares em Agosto de 1949 e, em Outubro, Mao Zhedong converteu a China ao comunismo.
(...)
A Guerra da Coreia foi principalmente um massacre horroroso que causou quase 3 milhões de vítimas (...) cerca de 10% da população coreana. A esses massacres devem ser acrescentados todos aqueles que, durante a guerra e nos anos seguintes, foram levados pela fome, pela doença e o desespero. Quando finalmente se assinou o armistício, a península estava reduzida totalmente a ruínas. Seul, que havia sido tomada quatro vezes, estava destruída em dois terços. Pyongyang foi praticamente apagada do mapa. Bombardeada implacavelmente durante dois anos, a fronteira entre as Coreias não era mais do que uma zona morta.»
Pascal Dayez-Burgeon
domingo, 5 de maio de 2024
sexta-feira, 3 de maio de 2024
quinta-feira, 2 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
terça-feira, 30 de abril de 2024
Um Senhor
Quando chegámos ao estádio do Porto, hora e meia antes do jogo, havia tanta gente na rua que o autocarro ficou parado. Uma pedra foi atirada contra uma das janelas que felizmente não se partiu. Os jogadores atiraram-se para o chão e fecharam as cortinas, mas toda a gente sabia que a equipa do Benfica ia lá dentro. Embora parecesse que havia cada vez mais gente, não houve outro remédio senão sair do autocarro, apanhar os nossos sacos e ir a pé até aos balneários. E assim fizemos, rodeados por adeptos do Porto aos gritos. Foi um episódio tenso e assustador.
Quando chegámos à cabina, estava fechada. Pedi aos seguranças que abrissem a porta, mas ignoraram-me por completo. Pinto da Costa, o presidente do Porto e o homem mais poderoso do futebol português, apareceu avisando que, segundo os regulamentos, só eram obrigados a abrir os balneários uma hora antes do jogo.
"Respeito-o muito Sr. Eriksson", disse-me, "mas guerra é guerra."
Quando abriram a cabina, descobrimos que tinha sido pulverizada com qualquer espécie de químico que não nos deixava respirar. Os nossos jogadores tiveram de se equipar nos corredores. Perguntei a um dirigente do Porto se, pelo menos, iríamos ter acesso ao relvado, mas as ordens de Costa eram para que a equipa visitante só subisse ao campo meia hora antes do apito inicial e não antes. No momento de pisar a relva, percebemos que estava tão encharcada que mal era possível fazer um passe, e as linhas tinham sido redesenhadas para fazer com que a superfície ficasse mais pequena. O nosso banco de suplentes foi colocado quase junto da grande área e fizeram questão de se assegurarem de que não se moveria.
Sem surpresa, o jogo tornou-se hostil e houve muitos cartões amarelos, mas nada de golos. Aos 80 minutos fiz entrar o ponta de lança César Brito e, um minuto depois, fez golo. Quatro minutos mais tarde fez o segundo. Pouco depois, o árbitro apitou e nós ganhámos 2-0. Enraivecidos, os adeptos do Porto iniciaram um tumulto que se prolongou pela noite dentro. Mas, no Benfica, Brito, um jogador periférico do qual nunca mais ouvi falar, tinha inscrito o seu nome nos livros da História. Nesse dia, ele foi rei. O Benfica conquistava o seu 29º título de campeão, o meu terceiro com o clube, e qualificara-se para a Taça dos Campeões.»
domingo, 28 de abril de 2024
sexta-feira, 26 de abril de 2024
quinta-feira, 25 de abril de 2024
quarta-feira, 24 de abril de 2024
segunda-feira, 22 de abril de 2024
domingo, 21 de abril de 2024
Boa Educação
«Sempre sonhei escrever um romance mau. Inicialmente, ainda rapazinho, a minha aspiração era ser escritor, escrever um grande romance. Com o tempo, a realidade foi-me demonstrando que o que escrevia acabava transformado em pequenos filmes, primeiro em super 8, mais tarde em longas-metragens que se estreavam nos cinemas e tinham sucesso. Percebi que aqueles textos não eram histórias literárias, mas guiões cinematográficos.
À primeira vista, parece que o autor de um bom guião é capaz de (e está destinado a) escrever um bom romance. Pensei que era uma questão de tempo, de amadurecimento, de aquisição de experiências, de possuir algum talento, de um olhar próprio e de mundo, mas, apesar de me julgar possuidor de tudo isso, intuí que estava a enganar-me. Escrever um bom guião não é fácil, exige tempo, horas de solidão (e astúcia narrativa) e ser-se um pouco cruel consigo próprio; mas nada disso faz com que um bom guião possa tornar-se um bom romance. Ninguém é tonto a ponto de pensar que, por escrever um bom guião, está destinado a escrever um bom romance, muito menos o grande romance. No entanto, é uma aspiração legítima e humana da qual temos de nos defender, e para isso é necessário não nos apaixonarmos pela nossa própria obra.»
sexta-feira, 19 de abril de 2024
quarta-feira, 17 de abril de 2024
terça-feira, 16 de abril de 2024
sábado, 13 de abril de 2024
Cinecitá
sexta-feira, 12 de abril de 2024
Sven-Göran Eriksson
Ganhámos ao Marselha, mas o resultado hoje era completamente secundário. Bem, completamente também não..... A verdade é que o momento mais bonito do jogo foi assistir ao regresso do velho Mister à Luz. O primeiro treinador do Benfica de que me lembro. Ele, grato. Nós, mais ainda. Poder ver o respeito (e o carinho) dos seus antigos jogadores, em guarda de honra, e escutar o aplauso contínuo e a memória do público, não tem preço. Quando as 50 mil almas no estádio gritaram em coro "Eriksson, Eriksson, Eriksson !" já estávamos muito para além da homenagem a um homem. É único e comovente. E muito merecido.