terça-feira, 31 de dezembro de 2019

os últimos cartuxos do ano

Mataram a cotovia, de Harper Lee, por Fred Fordham


"Coragem é sabermos que estamos vencidos à partida, mas recomeçar na mesma e avançar incondicionalmente até ao fim.
Raramente se ganha, mas às vezes conseguimos."

domingo, 29 de dezembro de 2019

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

domingo, 22 de dezembro de 2019

Monty Classic


Acho que foi a primeira vez que parei na RTP Memória. "Makes you think, doesn't it ?"

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Patxi Andión (1947 - 2019)


Morte estúpida. Como todas. Na estrada.
Fica a música.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

sábado, 14 de dezembro de 2019

Madrid, por Matilde


... e visitar a Cláudia, o Zé e os miúdos, que agora mudaram para lá .

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Get that Job done !

Uma Lástima !


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Not a Negro



(a box a permitir recuperar mais uma jóia)

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Burmese Moons


«Wherever they go, the people of Burma get trampled over. Their exile is just another form of dictatorship for these fugitives without papers. We need to break our silence and step out from the shadows. We can't keep letting ourselves be used by the people that exploit our misery and keep us from our roots.
Now that we're out of Burma, we must find the energy to stand and create a resistance movement so that someday we can return to our lands… Free !»

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

sábado, 7 de dezembro de 2019

prácabar a Canção




Quem viu, viu.
Quem não viu...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

E.T. back home



Putos lá em casa maravilhados.
Com publicidade, ou sem ela, quem não gostar deste mini-filme não pode ser boa pessoa.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O silêncio até pode ser de ouro, mas o Monster é de prata



25 aninhos, caneco ! Agora percebo os brancos que não me largam a barba.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Formação profissional

... que vi umas 20 vezes (mais uma ontem à noite) e peça essencial para o que decidi seguir na vida.

sábado, 23 de novembro de 2019

Os dois !

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

um pouco urubu


- Pai, leva esta para jogares amanhã de manhã com os teus amigos.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Zé Mário Branco (1942- 2019)



«(...)
Mãe, eu quero ficar sozinho... mãe, não quero pensar mais... mãe, eu quero morrer mãe.

Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viagem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...

Assim mesmo, como entrevi um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o azul dos operários da Lisnave a desfilar, gritando ódio apenas ao vazio, exército de amor e capacetes, assim mesmo na Praça de Londres o soldado lhes falou: Olá camaradas, somos trabalhadores, eles não conseguiram fazer-nos esquecer, aqui está a minha arma para vos servir. Assim mesmo, por detrás das colinas onde o verde está à espera se levantam antiquíssimos rumores, as festas e os suores, os bombos de lava-colhos, assim mesmo senti um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o bater inexorável dos corações produtores, os tambores. De quem é o carvalhal? É nosso! Assim te quero cantar, mar antigo a que regresso. Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grândola Vila Morena. Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois.

Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar, encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco. Tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem para estar aqui de vez. Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto.»

'FMI'

domingo, 17 de novembro de 2019

Kaffeehaus


Ali em frente ao antigo Governo Civil. Para as bratwurst e as burenwurst ou ovinhos para a Matilde. Com uma Paulaner ou aquele sumo de sabugueiro que vocês bebem. Onde vamos tantas vezes domingar.

e depois com apontamentos de autêntica ternura.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A Rainy Day in Lisbon


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Matiné no Nimas, um dos dois últimos cinemas de rua em Lisboa.
E com a nossa primogénita. O seu primeiro do uncle Woody. 
Especial.

sábado, 9 de novembro de 2019

Berlim 30

[foto: andré]

Quase 13 anos feitos. 7º ano. O mundo a aparecer. Berlim tão longe, como nos anos 80 tudo era ainda. Mas Europa, isso sabia. E por isso perto. Alemães que pareciam russos. Tão longe. Cinzentos. Como a farda dos nossos polícias. E por isso perto. 
Depois tudo muda. Uma excitação que não tinha percebido totalmente. Ladas e Trabants a passarem a fronteira. Da mesma cidade. Jovens em cima de um muro. Empoleirados. Picaretas, maços, pés-de-cabra, martelos, canivetes, furiosos e alegres a espetarem aquele muro. Jovens louros a cantar e a mandar. A montarem esse muro. Guardas com cara de parvos. A deixarem acontecer. A acontecer. A atravessarem. A sair. 
E nós cá. A mana a chegar a casa radiante: "O muro caiu!". Perto. A alegria da Liberdade ! na boca dela. Perto. Sempre adorei sentir isso, até quando era a vida dos outros. Feliz imediatamente. Por eles. Por darem o salto.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Resumindo


«Numa democracia plena não há lugar para tabus nem para interditos e é por isso que a gaguez da deputada do Livre Joacine Katar Moreira se tornou objecto de discussão pública. Tudo o que acontece na Assembleia da República justifica debate, aplauso ou crítica e neste âmbito tanto cabem os talentos ou desvantagens naturais de deputados, como questões políticas substantivas ou a forma como são comunicadas. Sim, a gaguez de Joacine, que a impede de comunicar de forma perceptível ao hemiciclo e ao país as ideias que defende ou as propostas que pode apresentar, é matéria que justifica tomadas de posição. 
(...) 

O primeiro ponto que é obrigatório suscitar nesta discussão associa-se a uma questão de legitimidade. Joacine foi eleita por cidadãos que conheciam perfeitamente as suas limitações comunicacionais. Saber se teve os votos que teve por isso ou apesar disso é irrelevante. O seu mandato tem exactamente a mesma solenidade, legitimidade ou respeitabilidade que o mandato do mais eloquente dos deputados. De resto, a vida de um deputado é muito mais do que falar em público. Há estudos, relatórios, ideias, actos de fiscalização do executivo ou propostas de lei que bastam para definir uma política.
Um deputado, porém, tem de falar. Aos seus pares e ao país. Boa parte da imagem que constrói e projecta passa por essa necessidade. A arte da oratória é importante desde os primórdios do parlamentarismo por uma razão óbvia: é através da discussão que se faz política. Seja no plenário ou nas comissões, dificilmente a deputada do Livre poderá dispor dos argumentos dos adversários para influenciar os cidadãos da bondade das suas propostas. A gaguez de Joacine é uma realidade com evidentes impactes políticos que só por hipocrisia se pode ignorar.
Ela pode ganhar experiência e melhorar a sua comunicação. Se não o conseguir, mesmo que à custa de uma debilidade alheia à sua vontade, só por comiseração deixará de ser avaliada negativamente no seu desempenho. Nem ela o merece, nem a verdade democrática o tolera.
Joacine foi eleita e o seu mandato como deputada está nas suas mãos. Só ela pode decidir o destino e as consequências dos votos que recebeu. Mas, como com todos os deputados, o seu desempenho é alvo de escrutínio. Pelo que sabemos até agora, as suas dificuldades discursivas limitam de forma severa esse desempenho. Não o admitir é absurdo. Não o afirmar é-o ainda mais.»


"O que está em causa com a deputada do Livre?", Manuel Carvalho,
'Público'

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

"(Is there) Life after Guantánamo ?"



«I had left home to study, but had been prevented from doing so. I had been treated like a criminal, and they had taken eight years of my life. I was thinking the same thing then as I had back in Guantánamo: I need to make my life better where I am. It is what it is.»

sábado, 2 de novembro de 2019

E Filius Unum


Que honra, puto. Que honra !

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Somebody's knocking



'Dark' Lanegan no barracão do LAV
a dar show

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

EuroLixo

"O Parlamento Europeu rejeitou na quinta-feira, por apenas dois votos, uma resolução, sem valor vinculativo, que instava os Estados-membros da União Europeia a reforçarem as suas operações de busca e salvamento no Mediterrâneo para evitar a perda de mais vidas humanas e a encontrarem uma solução estável para a distribuição dos requerentes de asilo socorridos no mar.
O texto foi rejeitado em plenário com 290 votos contra, 288 a favor e 36 abstenções; entre os eurodeputados que votaram contra contam-se os portugueses Álvaro Amaro, do PSD, e Nuno Melo, do CDS-PP, enquanto José Manuel Fernandes (PSD) se absteve."

in TSF 



É esta a mesma União Europeia que já foi Nobel da Paz ?

Pelos vistos continua à procura do prémio...


[foto: andré]

terça-feira, 29 de outubro de 2019

o que acontece no Bairro fica no Bairro


"Corría el año 1980 en el barrio chino de Palma, pero podría tratarse de cualquier barriada marginal de cualquier ciudad española. Los chavales, como Gabi Beltrán, que entonces tenía 14 años, malvivían bebiendo alcohol y fumando, se ganaban unas perras vendiendo periódicos en los semáforos, guiando a marineros extranjeros hasta la zona de las prostitutas, con las que ellos mismos se iniciaban en el sexo, y perpetrando pequeños hurtos. Algunos de sus amigos no tardaron en engancharse a la heroína, morir de sobredosis o acabar detenidos. Eran hijos de madres prostitutas y/o de padres ausentes o alcohólicos. «La mayoría de los chicos de esos barrios sufrían violencia física y psíquica por parte de sus padres y de la policía, que no se andaba con tonterías. La sociedad y la vida te decían que eras una mierda y al llegar a adultos tu autoestima estaba por los suelos»." 

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Devoto

«Porque escrevemos ?, pergunta em uníssono o grande coro de quem escreve.
Porque não nos podemos limitar a viver.»

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

domingo, 20 de outubro de 2019

o Antunes


ou como lhe chama o Domingos, a cantina do JN. Onde já me habituei. Ao Vitor e aos pratinhos bem servidos. Às quintas cozido, mas desta tripas, porque era quarta. Na rua do Bonjardim, e subir se se vem da Trindade. E onde observo a Dona Maria Luísa sentada ao fundo a olhar sempre para todos os que entram. 

sábado, 19 de outubro de 2019

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Glória


Quando comecei a olhar para a bola, já não jogava no Benfica. Aliás, quando nasci já tinha saído. E para o Sporting. Coisa que o meu Avô querido, sportinguista doente, fazia questão de me lembrar. Que o Jordão era fera, que já tinha sido nosso, mas que agora era deles. E, então, eu invejava. Mas não era só inveja. Havia uma espécie de injustiça metida a mais. Por não ter podido assistir à dupla com o Nené (que eu adorava) e por não lhe ver os golos com a Gloriosa vestida, quando não havia vídeos no youtube. Podia admirá-lo, mas já não era nosso. Excepto quando tocava o hino e jogava Portugal. Foi o que valeu. Isso e o Euro '84. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Stick them !


(o Junior a politizar-se)

domingo, 13 de outubro de 2019

Omerta


"Guarda u silenziu è u silenziu ti guarderà."

sábado, 12 de outubro de 2019

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

meu filho


O Filho de Saul

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

domingo, 6 de outubro de 2019

Clássico (dos putos)



É bom ver o clube da cruz de Cristo ainda jogar com o Glorioso. Bairro é bairro.

Legend


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Ginger Baker (1939 - 2019)

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

há coisas em que nunca cresço


«Haverá sempre um Joker. Porque não há cura para ele. Nenhuma cura. Só o Batman.»

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

isto é Buenos Aires

e ontem houve super-clássico

terça-feira, 1 de outubro de 2019

tudo o que é bom acaba

... a gente é que nunca espera que o último seja o último.

Raízes



O Advogado no tribunal da Sertã, aproveitando para visitar o tio Trisavô (também colega) e procurando sobretudo não comprometer o velho exemplo.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Dancing in the Streets


« - Gosta de ti. Alguma vez tiveste um assassino a gostar de ti ?
O Psycho Loco vai começar a aparecer-te em casa para te pedir favores. Vai pedir-te uma chávena de açúcar, que guardes a arma dele, vai agarrar a tua irmã pelo pescoço e pedir-te por favor que digas à polícia que ele passou a noite em tua casa a jogar Scrabble, merdas desse tipo. Estás envolvido, puto. Vais ter de respeitar outras coisas para além de ti mesmo. Conheces o ditado "O destino escolhe os nossos parentes, nós escolhemos os nossos amigos"?
- Malheur et Pitié, canto um, 1803.
-Bem, aqui na rua, essa cena funciona ao contrário. O destino escolhe os teus amigos e tu escolhes a tua família. Neste buraco, toda a gente começa órfã. Gunnar, vais ter de respeitar o Psycho Loco, o bairro e a forma como as coisas são feitas aqui. O Psycho Loco e os Gun Totin' Hooligans tentam matar pessoas. Pessoas que, segundo a sua percepção do destino, são inimigas. Não são os Hatfields e os McCoys, ninguém tem uma certidão de nascimento a dizer Joe Crip ou Sam Piru e não conheço nenhum mano com o sobrenome Hooligan - bem, talvez alguns bacanos irlandeses. O que interessa é que se o Psycho Loco diz que és amigo dele, não há nada que possas fazer. São amigos porque ele diz que são. Agora, pode haver um otário qualquer na outra ponta da cidade que acha que é teu arqui-inimigo simplesmente porque o Psycho Loco gosta de ti. É o destino, puto. Talvez as pessoas com dinheiro possam virar o destino a seu favor, mas nós não. No caminho para aqui vi o poema que escreveste. Havia um grupo de gajos a lê-lo como se estivessem a olhar para uma lista de procurados pela polícia. Ya, mano, tens 13 anos e já estás envolvido.»

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

"Combater a Grande Mentira e o ódio"


«O aspecto mais extraordinário dos Protocolos dos Sábios de Sião não é tanto a história da sua origem como a da sua recepção. O facto de este embuste ter sido produzido por um grupo de serviços secretos e policiais de pelo menos três países, com base numa colagem de diferentes textos, é hoje bem conhecido - e Will Eisner conta-nos a história completa, tomando em consideração as pesquisas mais recentes. (...)
Apesar de o Times de Londres ter revelado, em 1921, que os Protocolos são um plágio, e não obstante todas as confirmações da sua natureza espúria por parte de diversas fontes credíveis, houve sempre alguém disposto a reeditar o livro e a reafirmar a sua autenticidade. E a história continua a circular, imparável, na Internet dos nossos dias. É como se, depois de Copérnico, Galileu e Kepler, continuassem a publicar-se obras onde se defende que o Sol gira em torno da Terra.
Como explicar esta resistência a todas as evidências e o perverso poder de atracção que este livro continua a exercer ?
(…) não são os Protocolos que produzem o anti-semitismo, é a profunda necessidade de identificarem um inimigo que as leva as pessoas a acreditarem nos Protocolos.
Estou convencido de que - não obstante esta obra corajosa, não cómica, mas trágica, de Will Eisner - a história está ainda longe do fim. (…)»

Umberto Eco
Milão, Itália
Dezembro de 2004

domingo, 22 de setembro de 2019

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

terça-feira, 17 de setembro de 2019