1967.
Caetano e Gil. Bethânia fora. "Não pertenço a movimentos, cara."
Tropicalismo, social rebeldia. Musical revolução. Ditadura militar. Brasil da "Jovem Guarda". Que não é Bossa. Caetano e Gil, mais Rita Lee e Os Mutantes.
1968.
Juventude meio fora. "Vocês não estão entendendo nada de nada. Absolutamente nada. Que juventude é essa ? É proibido proibir.", debaixo de uma vaia impossível. Mas vem das entranhas: "É proibido proibir ! É PROIBIDO PROIBIR."
Só que a Ditadura sempre prende.
Gil e Caetano. Presos. Chutados p'ra fora.
Mas fica a Gal.
Você precisa saber da piscina,
da margarina,
da Carolina
da gasolina,
"Isso parecia uma tolice, não é ? Isso era uma puta malandragem !", Tom Zé, que explica a 2ª Revolução Industrial. "Pensar é crime.", 1969. "Aqui jaz o Tropicalismo."
Passagem por Lisboa, "o Tropicalismo acabou", no Zip-Zip, a caminho de Londres e de Isle of Wight. "Não sou hippie, nem escuteiro." Mas Isle of Wight de 70. A Isle of Wight.
E 1972. Regresso de quem começou a voltar mal exilou. À Bahia, onde mais ?
(para ser lido no português do Brasil)
"Desde que cheguei a Lisboa só oiço falar em crise. Este filme é um filme de um tempo em que o Brasil estava em crise. Mas é um filme também sobre alegria. E a alegria é fundamental p'ra acabar com a crise."
Marcelo Machado, hoje à noite, no Doc. Lisboa, no palco do São Jorge.
domingo, 28 de outubro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Cantar de Emigração
Está tudo errado.
Os amigos começam a não estar. E as saudades não se curam com conversas à distância que se imprimem e se guardam. Que vemos para os vermos a eles.
Falam-nos das praias de Maputo, da Beira e de construção. Dos negócios em São Paulo. Ou de como jogam mal à bola os bifes lá na City. E retornamos a Luanda.
E nós, que de emigração só sabíamos histórias, agora já as contamos. Porque ficámos cercados de gente que se vai embora.
Adriano Correia de Oliveira morreu há 30 anos.
Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
Os amigos começam a não estar. E as saudades não se curam com conversas à distância que se imprimem e se guardam. Que vemos para os vermos a eles.
Falam-nos das praias de Maputo, da Beira e de construção. Dos negócios em São Paulo. Ou de como jogam mal à bola os bifes lá na City. E retornamos a Luanda.
E nós, que de emigração só sabíamos histórias, agora já as contamos. Porque ficámos cercados de gente que se vai embora.
Adriano Correia de Oliveira morreu há 30 anos.
Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
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domingo, 21 de outubro de 2012
Lamento, mas Woody é Woody
Depois dos europeus se terem apropriado dele, uma nata de gente autorizada (que colecciona filmes como se fossem cromos), caiu no pior dos vícios: comparam agora vinho novo com os Vintage de antigamente, e nem se apercebem que perdem a oportunidade de saborear os taninos que ele nos oferece.
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Manifestações só em Fátima, sff !
Quando oiço alguém com as responsabilidades de José Policarpo dizer que «Não se resolve nada contestando, vindo para grandes manifestações. Não se resolve nada, nem com uma revolução se resolvia», e que «as manifestações de rua são uma corrosão do sistema democrático.», pergunto-me se o que nos propõe é um retiro, ou que nos agarremos todos ao terço porque só nos resta mesmo é rezar.
Mas em que terra é que vive D. José ?
Não sabe onde mora a poesia ?
Mas em que terra é que vive D. José ?
Não sabe onde mora a poesia ?
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domingo, 14 de outubro de 2012
é preciso ir a Havana, para lhe poder regressar um dia
A Cuba. Onde há vida, um povo e cultura. Onde se é pobre e até os ovos são colectivizados. Onde há carácter e há muitos que emigram.
E onde eu penso em Portugal.
sábado, 13 de outubro de 2012
Bagão Félix: subida dos impostos é “napalm fiscal”
Quero o meu dinheiro de volta
Tanta gente a dar-me a volta
Não foi para isto que eu vim cá
Quero o meu dinheiro de volta
Não é tarde, nem é cedo
Quero o meu dinheiro já
Diz-se agora muito por aí
Que a gente vive em liberdade
Pois vamos lá abrir o jogo
Anda cá tu dizer-nos o que vês quando estás bem acordado
Huuum, és logo posto de lado
Isto é se não fores comprado
Aaaaah, mas que raio de fardo
Vejam aqueles velhos no jardim
Aquilo é que é ter pouca sorte
O que é que eles vão fazer à vida
A casa onde eles sempre viveram
Teve que ser demolida
Aaaaah, mas que partida
E a reforma auferida
É que não lhes chega para a comida
- Jorge Palma -
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sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Seria um notícia bonita, não fosse mesmo Preocupante
"A União Europeia é a vencedora do Prémio Nobel da Paz 2012 pelo seu papel histórico na união do continente. O anúncio foi feito esta sexta-feira, às 10h, pelo Comité Nobel."
in 'Público'
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Zooropa
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Filhos da puta !
"Malala Yousafzai, uma menina paquistanesa de 14 anos, foi hoje baleada no pescoço e na cabeça por extremistas talibã. O ataque aconteceu quando a jovem ia a caminho da escola.
(...)
Mas a jovem Malala Yousafzai, hoje baleada, tornou-se mundialmente famosa quando aos onze anos ergueu a voz contra o encerramento de escolas para meninas. Os talibã não gostaram, no entanto, ela continuou a falar e os talibã puxaram o gatilho."
in TSF
by Kaveh Adel
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terça-feira, 9 de outubro de 2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Encontro imediato de Primeiro Grau
Sub-título:
O dia brilhava lindo e fresco. Os miúdos radiantes para a escola. Rápidos como se fosse o primeiro dia. Depois é que ele percebeu, amanhã é feriado. Ainda.
A Vespa óptima e despachada. A Infante Santo pedia para ser subida. E foi.
A meio da Avenida, começa a sentir a pressão de um mercedão a morder-lhe os calcanhares.
A Vespa ia na faixa da direita e não se intimida. Nunca o faz. Acredita no Orwell. Somos todos iguais. É um bocado atrevida. Tem a mania, dizem.
Sobe a Avenida, à direita, e mantém-se à direita.
Mas aquele mercedão começa a empurrá-la para a berma. Quer mesmo que ela encoste. Que saia do caminho. Talvez mais. Está furioso e destila acelerador.
Mas que merda é esta ? A Vespa não perde para um mercedão !
Mas o mercedão é grande, arrogante e cinzento, e quer ver se a Vespa se aguenta sem ir ao chão.
Não dá, pensa. Desiste do primeiro braço de ferro. Hoje não é dia para o hospital. A Vespa não quer arranhar-se nem aleijar o dono, e chega-se mesmo para lá.
Mas a Vespa é teimosa e não gosta de mercedões que a querem atirar para a berma.
Persegue o mercedão. Quer tirar satisfações. Quer dizer-lhe duas.
É quando ouve um segundo carro, logo atrás, que acelera e pressiona, e tem uma sirene, que se liga e já está feita louca perseguindo agora a Vespa. Vem à paisana e assustou-se. Porque a Vespa persegue o mercedão que a quis atirar para o chão.
A Vespa já percebeu. Os detrás são uns vigias ou uns macacos. Mas quem é que vai lá na frente ? Quem é o dono do mercedão ?
A Vespa continua. Está insaciável de curiosidade. Esta não me tiram. Quer explicações. Quem é o desgraçado que a quis derrubar ? Quem é que não quer saber de quem vai à direita ? Quem é que ultrapassa pela direita e quase mata para chegar primeiro (ao semáforo...) ?
E os vigias na peugada. Que perdem para o transito.
A Vespa furou e passou, aproxima-se agora do cinzento mercedão, olha para dentro e vê: no lugar do morto vai o Pedro ! O Passos Coelho, sim.
Este, esfíngico, olha em frente, imperturbável, sabe lá quem é a Vespa. E não pede desculpa. Claro.
A Vespa tem mesmo de se segurar. Tem vontade própria e queria dar um pontapé àquele malvado mercedão. Mas depois controla-se. Afinal, não se bate em meninos. E tolos.
Já não há raiva. Sorriu e seguiu o seu caminho. Não foi identificada. Julga.
* Ok, não foi um encontro. Foi uma razia. Um chega-para-lá.
"O meu encontro com o Primeiro-Ministro" *
O dia brilhava lindo e fresco. Os miúdos radiantes para a escola. Rápidos como se fosse o primeiro dia. Depois é que ele percebeu, amanhã é feriado. Ainda.
A Vespa óptima e despachada. A Infante Santo pedia para ser subida. E foi.
A meio da Avenida, começa a sentir a pressão de um mercedão a morder-lhe os calcanhares.
A Vespa ia na faixa da direita e não se intimida. Nunca o faz. Acredita no Orwell. Somos todos iguais. É um bocado atrevida. Tem a mania, dizem.
Sobe a Avenida, à direita, e mantém-se à direita.
Mas aquele mercedão começa a empurrá-la para a berma. Quer mesmo que ela encoste. Que saia do caminho. Talvez mais. Está furioso e destila acelerador.
Mas que merda é esta ? A Vespa não perde para um mercedão !
Mas o mercedão é grande, arrogante e cinzento, e quer ver se a Vespa se aguenta sem ir ao chão.
Não dá, pensa. Desiste do primeiro braço de ferro. Hoje não é dia para o hospital. A Vespa não quer arranhar-se nem aleijar o dono, e chega-se mesmo para lá.
Mas a Vespa é teimosa e não gosta de mercedões que a querem atirar para a berma.
Persegue o mercedão. Quer tirar satisfações. Quer dizer-lhe duas.
É quando ouve um segundo carro, logo atrás, que acelera e pressiona, e tem uma sirene, que se liga e já está feita louca perseguindo agora a Vespa. Vem à paisana e assustou-se. Porque a Vespa persegue o mercedão que a quis atirar para o chão.
A Vespa já percebeu. Os detrás são uns vigias ou uns macacos. Mas quem é que vai lá na frente ? Quem é o dono do mercedão ?
A Vespa continua. Está insaciável de curiosidade. Esta não me tiram. Quer explicações. Quem é o desgraçado que a quis derrubar ? Quem é que não quer saber de quem vai à direita ? Quem é que ultrapassa pela direita e quase mata para chegar primeiro (ao semáforo...) ?
E os vigias na peugada. Que perdem para o transito.
A Vespa furou e passou, aproxima-se agora do cinzento mercedão, olha para dentro e vê: no lugar do morto vai o Pedro ! O Passos Coelho, sim.
Este, esfíngico, olha em frente, imperturbável, sabe lá quem é a Vespa. E não pede desculpa. Claro.
A Vespa tem mesmo de se segurar. Tem vontade própria e queria dar um pontapé àquele malvado mercedão. Mas depois controla-se. Afinal, não se bate em meninos. E tolos.
Já não há raiva. Sorriu e seguiu o seu caminho. Não foi identificada. Julga.
* Ok, não foi um encontro. Foi uma razia. Um chega-para-lá.
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"É um enorme aumento de impostos", by Vitor Gaspar
Cobre-te canalha
Na mortalha
Hoje o rei vai nu
Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu
Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão
Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
'Coro da Primavera', in "Cantigas de Maio", José Afonso, 1971
Na mortalha
Hoje o rei vai nu
Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu
Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão
Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
'Coro da Primavera', in "Cantigas de Maio", José Afonso, 1971
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'Cause I'm Vitor Gaspar
"Ministro das Finanças anuncia medidas alternativas à mexida na TSU"
Let me tell you how it will be
There's one for you, nineteen for me
'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman
Should five per cent appear too small
Be thankful I don't take it all
'Cause I'm the taxman, yeah I'm the taxman
Don't ask me what I want it for
If you don't want to pay some more
'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman
Let me tell you how it will be
There's one for you, nineteen for me
'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman
Should five per cent appear too small
Be thankful I don't take it all
'Cause I'm the taxman, yeah I'm the taxman
If you drive a car, I'll tax the street,
If you try to sit, I'll tax your seat.
If you get too cold I'll tax the heat,
If you take a walk, I'll tax your feet.
Don't ask me what I want it for
If you don't want to pay some more
'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012
"IRS pago pelos portugueses vai subir cerca de 30% em 2013"
In a many dark hour
I've been thinkin' about this
That Jesus Christ
Was betrayed by a kiss
But I can't think for you
You'll have to decide
Whether Judas Iscariot
Had God on his side.
'With God on our Side'
'The Times They are a-Changin', 1964
I've been thinkin' about this
That Jesus Christ
Was betrayed by a kiss
But I can't think for you
You'll have to decide
Whether Judas Iscariot
Had God on his side.
'With God on our Side'
'The Times They are a-Changin', 1964
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Mad Man
Dizer que é já por direito próprio uma série de culto, é pouco. Para quem gosta de Nova Iorque, música, dos Sixties (que não foram só hippies), de um mundo avesso ao de hoje e de vida urbana a rodos, Mad Men é um vício.
E depois há a Megan...
E aguentar o estertor da ressaca só não dói tanto, porque regressa já dia 6... Boardwalk Empire, do uncle Marty.
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