10 meses depois. 10 meses. Não é possível. Quantos dias ? Não quero mais contas. Não é possível. Não interessam. Terminou. Como queríamos. Como só podia ser. Romarias ao estádio. Abraços, imperiais e roulottes. Preces pelo 38.
- Pai, desde o início da época que rezo para o Benfica ser campeão !
O Benfica. Esta amálgama de emoções e incoerências. A alegria nem sempre festa mas feliz. O sonho a fazer-se.
Voltou.
Este ano num sábado ao almoço. No Sete Mares, em homenagem ao Rei. E com direito a lagosta, depois de apresentadas no meio da sala. Posso, meus senhores ? Porra, para alguma coisa há-de servir o dinheiro. E com direito a todos. Os mais velhos e mais queridos. O Diogo e o João Tiago, amigos que são tantas coisas já comigo que não dá para falar delas. Não aqui.
E depois tantos outros. Chegam todos. Tantos. O Renato. Ou mais novos. Malta que vou agora conhecendo. Que transpiram tanto Benfica como nós e que nos olham com o mesmo Benfica que lhes devolvemos. Que salivam Benfica e as nossas histórias. E outros. Malta de outros ramiros. Um que já é o facilitador. Gente que não conheço. Que vai chegando. Primos com o mesmo apelido. É isto a família. A outra. E é aí que me lembro, e mando mensagens aos filhos.
E mesmo aqueles que não puderam, as lendas únicas do party crash, o Fezas que correu Lisboa, para cima e para baixo, porque a namorada fazia anos (e há que respeitar) ou o João que agora vive em Londres, e desfilou nas ruas do Little Portugal, estiveram connosco.
Como esteve o grande Paneira. Que veio brindar com a gente. A sua. Porque o Benfica, foi ele que o disse, o Benfica é isto. O Benfica "são vocês." E a gente agradece.
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