sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O silêncio até pode ser de ouro, mas o Monster é de prata



25 aninhos, caneco ! Agora percebo os brancos que não me largam a barba.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Formação profissional

... que vi umas 20 vezes (mais uma ontem à noite) e peça essencial para o que decidi seguir na vida.

sábado, 23 de novembro de 2019

Os dois !

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

um pouco urubu


- Pai, leva esta para jogares amanhã de manhã com os teus amigos.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Zé Mário Branco (1942- 2019)



«(...)
Mãe, eu quero ficar sozinho... mãe, não quero pensar mais... mãe, eu quero morrer mãe.

Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viagem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...

Assim mesmo, como entrevi um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o azul dos operários da Lisnave a desfilar, gritando ódio apenas ao vazio, exército de amor e capacetes, assim mesmo na Praça de Londres o soldado lhes falou: Olá camaradas, somos trabalhadores, eles não conseguiram fazer-nos esquecer, aqui está a minha arma para vos servir. Assim mesmo, por detrás das colinas onde o verde está à espera se levantam antiquíssimos rumores, as festas e os suores, os bombos de lava-colhos, assim mesmo senti um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o bater inexorável dos corações produtores, os tambores. De quem é o carvalhal? É nosso! Assim te quero cantar, mar antigo a que regresso. Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grândola Vila Morena. Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois.

Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar, encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco. Tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem para estar aqui de vez. Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto.»

'FMI'

domingo, 17 de novembro de 2019

Kaffeehaus


Ali em frente ao antigo Governo Civil. Para as bratwurst e as burenwurst ou ovinhos para a Matilde. Com uma Paulaner ou aquele sumo de sabugueiro que vocês bebem. Onde vamos tantas vezes domingar.

e depois com apontamentos de autêntica ternura.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A Rainy Day in Lisbon


Resultado de imagem para a rainy day in new york

Matiné no Nimas, um dos dois últimos cinemas de rua em Lisboa.
E com a nossa primogénita. O seu primeiro do uncle Woody. 
Especial.

sábado, 9 de novembro de 2019

Berlim 30

[foto: andré]

Quase 13 anos feitos. 7º ano. O mundo a aparecer. Berlim tão longe, como nos anos 80 tudo era ainda. Mas Europa, isso sabia. E por isso perto. Alemães que pareciam russos. Tão longe. Cinzentos. Como a farda dos nossos polícias. E por isso perto. 
Depois tudo muda. Uma excitação que não tinha percebido totalmente. Ladas e Trabants a passarem a fronteira. Da mesma cidade. Jovens em cima de um muro. Empoleirados. Picaretas, maços, pés-de-cabra, martelos, canivetes, furiosos e alegres a espetarem aquele muro. Jovens louros a cantar e a mandar. A montarem esse muro. Guardas com cara de parvos. A deixarem acontecer. A acontecer. A atravessarem. A sair. 
E nós cá. A mana a chegar a casa radiante: "O muro caiu!". Perto. A alegria da Liberdade ! na boca dela. Perto. Sempre adorei sentir isso, até quando era a vida dos outros. Feliz imediatamente. Por eles. Por darem o salto.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Blitzkrieg



35 aninhos ! Parabéns rapazes.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Resumindo


«Numa democracia plena não há lugar para tabus nem para interditos e é por isso que a gaguez da deputada do Livre Joacine Katar Moreira se tornou objecto de discussão pública. Tudo o que acontece na Assembleia da República justifica debate, aplauso ou crítica e neste âmbito tanto cabem os talentos ou desvantagens naturais de deputados, como questões políticas substantivas ou a forma como são comunicadas. Sim, a gaguez de Joacine, que a impede de comunicar de forma perceptível ao hemiciclo e ao país as ideias que defende ou as propostas que pode apresentar, é matéria que justifica tomadas de posição. 
(...) 

O primeiro ponto que é obrigatório suscitar nesta discussão associa-se a uma questão de legitimidade. Joacine foi eleita por cidadãos que conheciam perfeitamente as suas limitações comunicacionais. Saber se teve os votos que teve por isso ou apesar disso é irrelevante. O seu mandato tem exactamente a mesma solenidade, legitimidade ou respeitabilidade que o mandato do mais eloquente dos deputados. De resto, a vida de um deputado é muito mais do que falar em público. Há estudos, relatórios, ideias, actos de fiscalização do executivo ou propostas de lei que bastam para definir uma política.
Um deputado, porém, tem de falar. Aos seus pares e ao país. Boa parte da imagem que constrói e projecta passa por essa necessidade. A arte da oratória é importante desde os primórdios do parlamentarismo por uma razão óbvia: é através da discussão que se faz política. Seja no plenário ou nas comissões, dificilmente a deputada do Livre poderá dispor dos argumentos dos adversários para influenciar os cidadãos da bondade das suas propostas. A gaguez de Joacine é uma realidade com evidentes impactes políticos que só por hipocrisia se pode ignorar.
Ela pode ganhar experiência e melhorar a sua comunicação. Se não o conseguir, mesmo que à custa de uma debilidade alheia à sua vontade, só por comiseração deixará de ser avaliada negativamente no seu desempenho. Nem ela o merece, nem a verdade democrática o tolera.
Joacine foi eleita e o seu mandato como deputada está nas suas mãos. Só ela pode decidir o destino e as consequências dos votos que recebeu. Mas, como com todos os deputados, o seu desempenho é alvo de escrutínio. Pelo que sabemos até agora, as suas dificuldades discursivas limitam de forma severa esse desempenho. Não o admitir é absurdo. Não o afirmar é-o ainda mais.»


"O que está em causa com a deputada do Livre?", Manuel Carvalho,
'Público'

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

"(Is there) Life after Guantánamo ?"



«I had left home to study, but had been prevented from doing so. I had been treated like a criminal, and they had taken eight years of my life. I was thinking the same thing then as I had back in Guantánamo: I need to make my life better where I am. It is what it is.»

sábado, 2 de novembro de 2019

E Filius Unum


Que honra, puto. Que honra !

sexta-feira, 1 de novembro de 2019