sexta-feira, 30 de junho de 2023

Digitalizem daqui pra fora


 Nómadas Digitais, by Luis Pedro Nunes (in 'Eixo do Mal')

quinta-feira, 29 de junho de 2023

domingo, 25 de junho de 2023

sábado, 24 de junho de 2023

Heavy


"E de todos os perigos o da memória é dos mais terríveis."

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Lotação Esgotada na sala *

 


* Os putos gostaram. Um pai não fica imune a estas coisas.

domingo, 18 de junho de 2023

nos new forties da Xana

 


Lisboa é cheia disto. Sobes e desces e ruinhas e escadinhas e colinas. E esquinas e terraços debruçados.

No Torel , por trás do Campo dos Mártires da Pátria.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

terça-feira, 13 de junho de 2023

sábado, 10 de junho de 2023

Montes de Gozo


O Gozo (e o Trabalho) começaram há 50 anos. O que quer dizer que perdi os primeiros 5.

Mas não perderam a Tia Milé, o Tio Méu-Méu, a Tia Fernanda Maria e a Tia Jó. Ou o Miguel. Aqui hoje. E todos os que há meio século (que MARCO !) - os Avós, os Tios, os Amigos - vieram à Capela de Monserrate, assistir à troca de votos, alianças e sonhos dos nossos Pais, Mariana.

E como estiveram sempre. Quando tudo começou. Antes, na Figueira. Por entre jogos de sorte e de esperança. Ou noutras praias. No cimo dos granitos da Serra ou no alto do 4º Direito da Defensores de Chaves, com o calor das braseiras e os beijinhos dos mais velhos.

Depois ainda. Em Paço d’Arcos, no Restelo, ou nas casinhas que iam sendo plantadas e erguidas. Com trabalho, sacrifício e a dois. Quando se punha uma estaca. Com gosto. A olhar o mar de Santa Cruz ou na terra dura de Santiago. Ou noutros lugares. Porque somos sempre a nossa família. E a família somos sempre nós. Todos os que fazem quatro. Onde quer que se esteja. Com ALMA.

Perdi os primeiros 5, mas não perdi. Ganhei. Ganhámos. Eu e a Miana, primeiro. A Cê e o Tiago connosco. E a Matilde, a Leonor, o Rodrigo, a Rita e a Carmo, tantos a seguir. De mãos dadas. Recebendo tudo sempre, e sem medida. Em dobro, triplo ou décuplo. Com dedicação total, paixão extrema e amizade pura e infinita. Com cabeça, mãos e coração. Soprando amor nos campings da Europa e cantando em harmonia… ou mandarim…

Partilhando tudo, também algumas lágrimas. Que a felicidade não é só doce. Ensinando e transmitindo. Fiéis radicais – os nossos dois - do gozo pelo trabalho. Ou do trabalho pelo gozo.

Semeando exemplos. Para nós e para o futuro. E o futuro é agora. Com renovado Gozo. Aprendendo, também um pouco, com o gozo dos mais novos. Com outro Gozo. Com o gozo só pelo gozo !

Obrigado, queridos pais, por esta generosa alegria e pela enorme conquista ! E por, todos os dias, a podermos testemunhar ! (para quem possa não saber, isto tem sido animado) E Parabéns ! Muitos parabéns ! 

Beijo grande do vosso

quinta-feira, 8 de junho de 2023

isto não é um livro de memórias

 



«Bem, escrever canções é assustador. Não é propriamente como andar a saltitar pelos campos, todo contente a colher canções e a guardá-las numa cesta. É um ofício sangrento, especialmente ao início. Começas a partir de um lugar de privação, do nada, de uma absoluta ausência de tudo. E é então que és confrontado com a tua própria pessoa menos as tuas ideias, aquelas coisas que normalmente te isolam de toda a merda negativa que guardas entranhada acerca de ti mesmo e das tuas capacidades, e que vive dentro de ti como uma maldição.»

(...)

«Pela minha experiência, andar na estrada exige uma certa dose de bluff e de bravata. Esta bravata não é pose: é um mecanismo de sobrevivência. Não te queixas. Não te lamentas. Vais aguentando como podes. Isto porque andar em digressão é, de facto, uma coisa difícil de fazer. Tenho a consciência que não é como trabalhar nas minas de carvão, claro, mas também tem as suas dificuldades. Sobes meio atordoado para o autocarro que te irá levar à próxima cidade numa viagem de oito horas, e são 7:30 da manhã, só dormiste três horas e ainda estás todo fodido por causa dos comprimidos para dormir que tiveste de tomar, isto porque, quando estás em digressão, nunca vais simplesmente para a cama e adormeces - tens de te pôr inconsciente. E então ficas com um aspecto de merda e sem voz, e os teus joelhos estão todos esfolados e com feridas abertas por caíres de joelhos, e fodeste as costas, e estás com uma infeção urinária, e a comida mexicana da noite anterior ainda te anda às voltas no estômago, achas que estás a ficar engripado, e entretanto o hotel perdeu roupa que deixaste na lavandaria, e odeias a merda do mundo inteiro, e olhas para o Warren e ele diz "Como estás ?", e então esmurras o ar e dizes "Espetacular, meu!", porque sabes que ele está precisamente no mesmo estado que tu. E então sentas-te e o autocarro arranca, e o Warren diz, porque é dez anos mais novo e incuravelmente fascinado pelo mundo, e porque já bebeu dezasseis cafés: "Foda-se, ontem à noite vi um documentário sobre a Nova Vaga do cinema iraniano. Simplesmente fantástico. Já o viste ?" E tu respondes que não, e então lá se vai o Warren. O que estou a tentar dizer é que, no meio disto tudo, não vais querer lançar-te numa actividade em paralelo que te fará sentir cada vez mais pequeno, vazio, insignficante ou um fracasso, ou que te afunda num lugar escuro do qual vais ter de trepar a custo para sair, ou que te faz chorar, ou que te leva ao desespero. A escrita de canções faz isso. A escrita de canções seria essencialmente a última gota. É simplesmente demasiado difícil. Por isso, em vez disso escreves um livro, ou um guião, ou um poema épico, ou desenhas uma t-shirt, algo do género.»

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Astrud Gilberto (1940 - 2023)

 


Um disco essencial, uma voz fundamental.

terça-feira, 6 de junho de 2023

Tunico


(Jazz com sotaque tropical. Sim, cariocando na Jazz Messengers.)

sábado, 3 de junho de 2023

sexta-feira, 2 de junho de 2023