«(...) foi na Coreia que a Guerra Fria teve início, um conflito de uma natureza distinta, o qual permitiu às superpotências do planeta confrontarem-se sem se combaterem directamente. Depois da Segunda Guerra Mundial, era disso o que precisavam os Estados Unidos da América e a União Soviética. Desde a sua vitória conjunta, a cooperação que lhes permitira vencer a Alemanha nazi e o Japão imperialista transformou-se numa corrida pela hegemonia. Agosto de 1945 marcara o domínio do átomo, assegurando uma vantagem para Washington e o campo do liberalismo. Mas rapidamente o bloco soviético cobriu essa diferença, quando Moscovo adquiriu as suas armas nucleares em Agosto de 1949 e, em Outubro, Mao Zhedong converteu a China ao comunismo.
(...)
A Guerra da Coreia foi principalmente um massacre horroroso que causou quase 3 milhões de vítimas (...) cerca de 10% da população coreana. A esses massacres devem ser acrescentados todos aqueles que, durante a guerra e nos anos seguintes, foram levados pela fome, pela doença e o desespero. Quando finalmente se assinou o armistício, a península estava reduzida totalmente a ruínas. Seul, que havia sido tomada quatro vezes, estava destruída em dois terços. Pyongyang foi praticamente apagada do mapa. Bombardeada implacavelmente durante dois anos, a fronteira entre as Coreias não era mais do que uma zona morta.»
Pascal Dayez-Burgeon
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