quarta-feira, 10 de abril de 2013

The Wall


(foto: andré, 2007)

Nestes tempos do vale tudo, há sempre quem enterre a pá mais fundo.
O que se passa em Berlim com a subtracção do muro que dividiu uma cidade, uma nação e muitas, muitas famílias, e que foi responsável pela morte de quem não queria viver emparedado, não é só triste.
É demolidor !
É, obviamente, apagar a memória de 40 anos do século XX, 40 anos de uma cortina feita de ferro e de betão e dos actos criminosos que se cometeram em nome de uma ideologia.
Quando as razões para obliterar a cidade do seu Muro de Berlim pertencem ao mundo do vil metal, ao mundo dos interesses lucrativos de alguns para quem a construção de um condomínio privado é só business, nega-se virtude à História.
Pior ! Nega-se o respeito que as vítimas do regime da ex-RDA nos deviam merecer, e é espetar uma faca no coração das gerações futuras e de quem hoje vive em liberdade à custa do sangue de muitos. É trair o seu exemplo e sacrifício.
O muro é uma herança dos povos ocidentais. Pertence ao património do mundo livre.
O muro de Berlim é nosso.



(foto: andré, 2007)

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