terça-feira, 1 de agosto de 2023

Bordalo II

Não me ocorreria desenrolar um tapete de euros na escadaria de um palco-altar eclesiástico (que, aliás, foi muito mais político-urbano-orçamental do que anti-clerical), mas sou a favor do protesto em geral. Criticar. Provocar. Caricaturar. Obrigar ao debate. Pôr um preservativo no nariz ou o dedo na(s) ferida(s). Às vezes, uma mão inteira. Naquilo que está mal, não parece lá muito bem ou com que simplesmente não se concorda. Acho saudável. Abanar as águas. Requer coragem. 
E não é isso que fazem os artistas ? Polemizar ? Não é para isso que queremos (e precisamos de) artistas ? 
E, depois, que aborrecida seria a vida se todos dissessem ámen. 


(av. 24 de julho, 28)

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