Quarentões

Lembro-me bem. De 85 e de 86.  E do que nos diziam na escola. Do que passava nas televisões. Nas rádios. Dos GNR. Da alegria. Da esperança. 

Lembro-me da ânsia. De querer mesmo pertencer. À Zooropa. 

Também me lembro mais tarde. Dos inter-rails e viajar e ser livre. Como os Erasmus. 

Com crises pelo meio, como qualquer casamento. Das tristes   deseuropas. 

Mas continuámos e continuamos. E passado este tempo só posso dizer: Ainda bem !

"Um dia para a história", por António Barreto.

«(...)

O país está dividido como nunca. Entre esquerda e direita. Entre direita democrática e direita radical. É provável que o Parlamento, agora eleito, fique ainda mais malcriado, com debates ainda mais grosseiros, com querelas pessoais ainda mais ridículas. Os dirigentes políticos mal se falam. Ácidos e zangados, não conseguem sequer discutir civilizadamente e negociar democraticamente. Toda a campanha eleitoral confirmou uma verdade já conhecida: a promoção dos dirigentes partidários condena os partidos como instituições. Por isso as querelas pessoais nunca chegam a ser debates políticos e partidários. As eleições democráticas, sempre justas, têm destas coisas: são escolhas, mas nem sempre são soluções.»

in Público

par lamentar

"O 25 de Novembro foi feito pelo Partido Socialista."

Sérgio Sousa Pinto, 'Primeira Pessoa', RTP / 20.11.2024

Canção de intervenção

 

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"Pior era impossível", por Daniel Oliveira

 in "Expresso".

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Bordalo II

Não me ocorreria desenrolar um tapete de euros na escadaria de um palco-altar eclesiástico (que, aliás, foi muito mais político-urbano-orçamental do que anti-clerical), mas sou a favor do protesto em geral. Criticar. Provocar. Caricaturar. Obrigar ao debate. Pôr um preservativo no nariz ou o dedo na(s) ferida(s). Às vezes, uma mão inteira. Naquilo que está mal, não parece lá muito bem ou com que simplesmente não se concorda. Acho saudável. Abanar as águas. Requer coragem. 

E não é isso que fazem os artistas ? Polemizar ? Não é para isso que queremos (e precisamos de) artistas ? 

E, depois, que aborrecida seria a vida se todos dissessem ámen. 

(av. 24 de julho, 28)

palhaçada sim, é isso

Jair, não. Já era.

"O povo exerce o poder político através do sufrágio universal, igual, directo, secreto e periódico" *

*artigo 10°, n° 1 da Constituição da República portuguesa 

a caneta é mais forte que a espada

ainda sobre as eleições

Aceitemos com graciosidade as derrotas. O importante é votar. 

É aquilo que procuro transmitir à minha progenitura. Isso, e que temos memória. 

Gratidão, é isso.

Jorge Sampaio 

(1939 - 2021)

Otelo (1936 - 2021)

 «Quem se quer orgulhar do papel do primeiro Otelo tem de estar preparado para admitir vergonha com o papel — por ação ou, pelo menos, por omissão — do segundo Otelo.»

Rui Tavares, in "Público"

O Cerco de Lisboa

Os cidadãos de Lisboa, aliás, da Área Metropolitana de Lisboa, estão proibidos de sair desta zona, de sexta, a partir das 15h00, a segunda, até às 6h00 (porque o vírus durante a semana descansa). E excepto se possuírem um certificado digital de vacinação/cura ou teste negativo à Covid-19.

Ou seja, o Governo exige agora internamente aquilo que ainda duas semanas antes não admitiu que Espanha reclamasse aos portugueses... sob pena de reciprocidade.

Ou seja, ainda, depois de ter espraiado o parquezinho que é Portugal aos ingleses para as suas "well deserved vacations" (e champions), cerca parte dos seus cidadãos. 

Se amanhã, Espanha voltar a exigir que os portugueses apresentem na fronteira o certificadozinho, com que moralidade vai o Governo protestar ?

Enfim, o desnorte impera e as incoerências idem. Pena tenho eu de não poder accionar com a reciprocidade de umas eleições antecipadas.

Escadinhas de São João Nepomuceno

«There are nine million bicycles in Beijing»

"Rapture", ou a coragem de um Contestatário

há coisas que simplesmente não se entendem

neverending story

Gaza, by Joe Sacco

Cutileiro Sempre