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(Coliseu de Lisboa) |
"tristeza"
"sem esperança"
"ressaca"
"despedidas"
"finais"
"morrer"
A Beth Gibbons é nossa desde os PORTISHEAD (ainda andávamos na Faculdade). E é nossa desde depois. Quando trabalhou com Rustin Man. As etiquetas deste post dizem qualquer coisa de como é nossa esta mulher. E do que nos faz quando a vemos ao vivo em concerto.
Ontem voltámos.
Tímida, sem plumas ou lantejoulas, entra e entram e canta e começam a tocar. Não diz nada. Ninguém diz nada. Canta. Não diz quem é (não precisa) e não apresenta ninguém. Canta. Tocam. Uma canção e outra e outra. Como se estivesse numa casa em frente ao oceano ou no meio de uma floresta. E ninguém a pudesse ouvir. Excepto um pássaro.
Ao fim de bastante tempo, agradece-nos, envergonhada, contorcendo-se sem jeito, se a deixassem fugiria ou enfiava-se palco abaixo, quase nos pedindo desculpa por nos ter tirado de casa para a ir escutar àquela hora a meio da semana.
"Lives Outgrown" são aquelas palavras de cima. É a beleza das coisas tristes. Como os dois bocados do "Out of Season" que escolheu para dar mais. E como se não bastasse esse tanto, ainda termos "Roads" e "Glory Box" (Dummy).
Mas ali também havia outras palavras. "Tens de ser corajosa" dizia ela. "Whispering Love".
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