[jose valdelomar]
Compreendia agora. A vida era um jardim enorme. Um mundo maravilhoso. Cheio de berlindes. Um local de experiências vividas. Passeava nele. E nele se entregava, ao perfume e cores inevitáveis que recebia sempre que saía. A que se expunha. Completa e totalmente. Feridamente.
Estrelas de oportunidades. Que absorvia e respirava e passavam a ser suas num cardápio que não tinha conta. O oxigénio novo de uma flor, de uma ideia, de uma imagem, de um som, de uma palavra. Sorvia tudo, mas não apanhava. Não colhia.
Dava umas passas profundas, mas não deixava que o cigarro chegasse ao fim. Vivia no travo incompleto e perfeito da saudade. Morria amando antes de acabar.
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