sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os livros são como pessoas

[by C., Café Havelka, Viena]

E há uns que querem ir debaixo do braço. Logo. Agarrados. 
Outros que dizem nem pensar. Que dizemos também.
Outros que despachamos numa ida à casa de banho. E uns que são frouchos. De meias palavras. Que não falam e não dizem nada. E esses são tristes.
Todos primeiro estranhos, a seguir logo se vê.
Depois há os lindos. Tão bonitos que perguntam onde é que andaste toda a vida.
Mas também há aqueles que queremos ler para sempre. E reler. Para sempre. Que são os nossos livros. Tão nossos que já nem sabemos se não somos nós deles. 
E uns, especiais, difíceis, complicados, que demoram, que colocamos na mesa de cabeceira, que pegamos e poisamos. Se magoamos voltam à mesa de cabeceira, pegamos e deixamos, para um dia. Olhamos e dizemos: "- um dia".

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Are You talkin' to Me ?