quarta-feira, 30 de julho de 2025
terça-feira, 29 de julho de 2025
sexta-feira, 25 de julho de 2025
segunda-feira, 21 de julho de 2025
quinta-feira, 17 de julho de 2025
A Woman
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(Coliseu de Lisboa) |
"tristeza"
"sem esperança"
"ressaca"
"despedidas"
"finais"
"morrer"
A Beth Gibbons é nossa desde os PORTISHEAD (ainda andávamos na Faculdade). E é nossa desde depois. Quando trabalhou com Rustin Man. As etiquetas deste post dizem qualquer coisa de como é nossa esta mulher. E do que nos faz quando a vemos ao vivo em concerto.
Ontem voltámos.
Tímida, sem plumas ou lantejoulas, entra e entram e canta e começam a tocar. Não diz nada. Ninguém diz nada. Canta. Não diz quem é (não precisa) e não apresenta ninguém. Canta. Tocam. Uma canção e outra e outra. Como se estivesse numa casa em frente ao oceano ou no meio de uma floresta. E ninguém a pudesse ouvir. Excepto um pássaro.
Ao fim de bastante tempo, agradece-nos, envergonhada, contorcendo-se sem jeito, se a deixassem fugiria ou enfiava-se palco abaixo, quase nos pedindo desculpa por nos ter tirado de casa para a ir escutar àquela hora a meio da semana.
"Lives Outgrown" são aquelas palavras de cima. É a beleza das coisas tristes. Como os dois bocados do "Out of Season" que escolheu para dar mais. E como se não bastasse esse tanto, ainda termos "Roads" e "Glory Box" (Dummy).
Mas ali também havia outras palavras. "Tens de ser corajosa" dizia ela. "Whispering Love".
quarta-feira, 16 de julho de 2025
segunda-feira, 14 de julho de 2025
sexta-feira, 11 de julho de 2025
Bill Callahan
Teatro Tivoli. 21h45m. Um homem. Um pedal para o prato, outro para um bombo. Uma guitarra e uma voz. Grave. A mais grave. Bill Callahan é o homem dos quatro instrumentos.
A solo.
Diz que vem por pouco tempo porque tem mulher e dois filhos e, de contrário, "eles vão perceber que não precisam de mim e lá terei que voltar para a rua com uma mala e sem ter para onde ir."
A solo.
sábado, 5 de julho de 2025
Sai(u) de Casa
(foto: Matilde)
Conheci a Maria pequena, teen isto é. É filha do Ricardo, um amigo de há 30 anos quando estudávamos Direito (ele menos) e nos púnhamos sobretudo a olhar para as miúdas no bar da faculdade a escolher a mais gira. Falávamos de música, dos Floyd, política às vezes, e sextas à noite íamos p'ró Bairro. No anfiteatro gozávamos com os profs. Depois ele deixou e foi para cinema. Fez bem. E escreveu um livro que até hoje espera para me dar.
Mas a Maria.
A Maria escreve e compõe. E toca piano. E canta. E tudo isto bem. Tão bem. E já dá concertos no Music Box a suarmos. O primeiro de sempre. E vai lançar agora um disco produzido pelo MARCELO CAMELO. Também estudou e também deixou o Direito. Fez bem. Andou no jazz (Hot) e isso notas (e acordes). A Maria é um pop bom. Tranquilo. De quem está a nascer mas já tem a dizer. Em crescimento. Sem dramas nem revoltas. Bem resolvido. E em português. De voz rouca e fresca como se fosse um pequeno ribeiro que começou a escorrer entre rochas de granito.
A Maria Leitão. A miúda faz-se.
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sexta-feira, 4 de julho de 2025
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Diogo Jota (1996 - 2025)
Gostava de o ver jogar. Classe dos pés à cabeça e um avançado irreverente e felino.
Uma tragédia do caraças, uma notícia incompreensível e chocante e uma história tão dramaticamente portuguesa.
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terça-feira, 1 de julho de 2025
a Dispedida
Começámos a despedir-nos quando chegaste.
Não há 15 anos, mas no dia da tua volta e te fomos receber porque íamos assistir ao adeus das tuas botas e abanar de saudade quando deixasses de desequilibrar o campo com uma finta que só tu entendias ou com um passe para a baliza (se marcavas um penalty ou um livre directo).
Começámos a despedir-nos quando percebemos que a magia inesperada das tuas vírgulas e passes de letra era um alfabeto novo e que esse maravilhoso desprezo pela gramática era chutado para a eternidade.
Quando compreendemos que o prodigioso drible curto com o berlinde nos pés não eram nossos jamais e que a bicicleta ou o golo olímpico entravam para nunca mais.
Ou quando desapertavas esse ilógico troca-pés e a repentina canhota se libertava de uma ginga torta e oblíqua e que desmontava toda a defesa, para depois aninhar a menina no golo dos outros. E tudo isto fosse já uma lembrança velha nos relvados.
Começámos a despedir-nos de ti quando regressaste. Quando vimos que a curva-contra-curva onde viravas adversários se ia fechar e nos podíamos despenhar.
Quando nos falta o chão e somos o choro de um velho nas bancadas, porque o teu nome já não é do jogador, mas sim de um mito.
Mundial !
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