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sábado, 1 de abril de 2023
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
Cinemina
No outro dia passou o 'Laranja Mecânica' no cabo.
Houve uma altura em que Kubrick foi Santarém. A casa da avó do velho amigo em temporadas de pré-verão e madrugada.
1990 ou '91. Dois putos de 13 anos em frente à televisão e ao VHS e até já estou a ver aquela salinha.
A prospecção de filmes mais velhos, alugados ou gravados do canal 2. 'Shining', lá está, mais um. Naquela altura Kubrik era Santarém.
Mas também Francis Ford. 'Apocalypse Now' e os 'Padrinho' todos. Garimpagem com os olhos a dar a dar nas minas do videoclube lá da terra. E depois cuspir na infância o catarro que vinha agarrado. Com banhos de sangue.
'Carrie', do Brian de Palma e da Sissy Spacek, ou o 'Chucky', de certeza. Terror puro.
Enfim, nem tudo tinha que ser obra prima, mas importante mesmo era sair da gruta, com cassetes debaixo do braço.
Enfim, nem tudo tinha que ser obra prima, mas importante mesmo era sair da gruta, com cassetes debaixo do braço.
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quinta-feira, 29 de novembro de 2018
terça-feira, 5 de abril de 2016
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
A música do Avô - XXI
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terça-feira, 4 de maio de 2010
o último tango em paris
Andava há anos para ver este filme.
Mas anos, são mesmo anos. Depois de ouvir o meu pai falar dele durante parte da minha adolescência e vida adulta, quando finalmente o encontrei em DVD, ainda o tive na prateleira durante mais dois anos até que decidi pôr a "película" a correr. Parecia ter pudor ou, talvez, medo de estragar a ideia que construíra. Como se preferisse guardá-lo num canto da imaginação etérea. Mas a vida é concreta e, portanto... pu-lo a rodar.
Parte da magia deste filme está na aura que o rodeia. Como aconteceu em Portugal, o simples facto de a censura o ter proibido dava-lhe uma dimensão quase mítica. Pessoas da idade dos meus pais iam a França só para ver o filme. E a verdade é que ele vive dessa dimensão e daquilo que outros nos transmitem.
Tive em casa um pai que, sempre que me falava deste filme, o rotulava de a experiência erótica por definição, o erotismo no seu estado final. E com estas ideias, fui criando uma certa imagem do filme. Que seria isto, afinal ? Um Emanuele ?, pornografia ? o quê ?
A verdade é que "O Último Tango em Paris" é um romance. Uma história de amor. Louca, absurda, bonita. Não é, hoje, passados quase 40 anos sobre a sua estreia, um filme erótico. Acho que nunca o foi. E, no entanto, grande parte das duas horas do filme são passadas dentro do velho apartamento onde ele (Marlon Brando) se encontra com ela (Maria Schneider) para matarem a sua sede de sexo. Mas não é um filme erótico.
É um romance. Ele, atormentado pela morte da mulher, quer suicidar-se no corpo dela. Ela quer saber o nome dele, de onde vem, o que faz, com quem fode. Ele não lhe diz nada. Mas acabam sempre no apartamento.
Depois, o filme muda. Ele apaixona-se por ela.
Percebemos isso quando Bertolucci nos mostra Paris fora do apartamento. Uma ponte. Um salão onde se dança o tango, ele a correr atrás dela na rua (julgo que vêm dos Jardins do Luxemburgo). Embriagado, mas apaixonado, a querer contar-lhe tudo sobre si. O nome, a idade, que gere um hotel, o que lhe aconteceu na vida. Embriagado, de whiskey, porque só assim lhe podia dizer tudo. Que a amava.
Mas para ela é tarde. Ela já não quer. Quando quis, ele não queria. E agora arranjou um namorado, com quem vai casar, penteadinho, que é certinho e lhe vai dar uma vida certinha, aborrecida e normal.
Ele persegue-a, quer-lhe dizer que a ama, que já não se quer suicidar nela. Dança com ela, mas ela não sabe o que é o amor dele. Confusa, masturba-o uma última vez. Mata-o.
Fica-se assim. Com aquela sensação meia amarga de Vinicius de Moraes de que "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida..."
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