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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Inside Joy Division


«We carried on like everything was all right and pretended that Ian wasn't ill, wasn't struggling with the responsibility of the band and didn't have some heavy, heavy affairs-of-the-heart stuff to contend with. We carried on. With Ian's blessing we carried on; Ian, who out of all of us most wanted us to taste the fruits of success and didn't want his illness to get in the way. (...) Who, even though he was the frontman and the focal point, always insisted that we were a group, who used to say, 'All I do is the words and sing. The others do the music.

(...)

We packed everything in a little box once he'd gone, and put it away. Now, of course, Ian's with me all the time, and even this book is as much about him as it is me. But back then - then it was like the group disowned the group. I mean, Joy Division's popularity skyrocketed: 'Love Will Tear Us Apart' came out and was a great success, then Closer, but we didn't promote them, didn't play them, didn't read reviews of them, didn't want to know about sales, nothing. Didn't care about them.
The only thing we took from Joy Division - the only two things, actually - were the songs Ian had left us: 'Ceremony' and 'In a Lonely Place'. To each other we said, 'See you on Monday', and that was it.»

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

o outro Joy Division



Why is it something so good, just can't function no more

"Foi exatamente a meio de um concerto de 22 canções que a metamorfose se deu: o que estava a ser um espetáculo recebido com carinho, mas bastante contenção, numa sala solene de lugares sentados, transformou-se subitamente numa coisa rock. Talvez não tenha sido subitamente: uma canção antes, aos primeiros acordes de "She's Lost Control", já a imagem do público pacato com um ou outro braço espetado no ar, seguindo o exemplo do de Peter Hook, tinha sido quebrada por um fã ensaiando uma dança "curtiana", e por duas amigas em furioso headbanging,

(...)
Cá em baixo havia saltos, cabeças desgovernadas, uma loucura quase generalizada e boa de se ver, que as últimas canções só vieram alimentar."

Lia Pereira, 'Blitz'

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

No Porto

O dia começou cedo. Tinha de estar no Porto às 11h. Saí de Lisboa às oito, mas apanhei um engarrafamento tramado na entrada da A8 que me rebentou as expectativas da pontualidade.
Perdendo quase uma hora em pára-arranca, tive que acelerar. É possível fazer Lisboa-Porto em duas horas. E parar nas portagens...
Quando cheguei, estava tudo à minha espera. Levei logo uma rabecada da funcionária, mas respondi-lhe que para a próxima lhe pedia a ela para trazer o carro.
Pedi desculpas pelo atraso e fiz o que tinha a fazer. Almocei num restaurantezinho da Foz e fui para o Hotel. A cama tinha o meu nome, de modo que adormeci. Acordei com a televisão a berrar a inquirição de um administrador da TVI na Comissão de Inquérito do Parlamento sobre o negócio com a PT. Pesadelo do caraças.
Tomei um duche frio e pus-me na rua. Calor brutal.
Depois de ter passado grande parte da tarde a divagar pela cidade feito perdido, fui a Serralves onde me pus remansado a beber um café e a fumar um cigarro. Ah, vida boa !, pensei.
Um salto na livraria do Museu para ver as novidades artísticas: fotografia, cinema, pintura e pop design.
Saí já eram oito.
Agarrei no carro e fui novamente sem destino. Pela Marginal onde, àquela hora, se vêem os namorados e malta a fazer jogging. Atrás, o mar. Aos saltos.
Cheguei à Baixa. Como estava quase tudo fechado, subi a 31 de Janeiro e, pela Rua de Santa Catarina, fui dar ao único sítio possível: a Fnac. Óbvio. Entretive-me a ver uns discos alternativos e comprei  um livrito com mensagens curtas e apelativas: "Whatever you think, think the Opposite". Bom título.
A noite estava violenta de calor. Não sabia onde é que havia de acabar o dia.
Telefonei. Do outro lado disseram-me: "Vai ao Carteiro!"
Fui.
O melhor momento do dia !
Fica num larguinho muito simpático e sossegado. Só o conhece quem o conhece. Mas é um largo com nome de rua, uma rua com um nome bestial: Rua do Senhor da Boa Morte, nº 55.
Entrei numa casinha. "O Carteiro" é uma casinha.
Lá dentro, uma mesa num canto. Escolhi a que ficava à beira da janela. O Nuno, que é o dono do restaurante, veio logo trazer umas entradas. Queijo fresco apimentado e no azeite. Broa de Avintes, acho. Levantou o outro prato que estava na mesa, mas deixou a cadeira vazia em frente à minha.
Pedi o folhado de caça com queijo derretido e bacon. Especialidade. Veio com migas, uma mãozinha de grelos e castanhas. A minha boca completamente acordada ! Um copo de vinho da casa.
E fiquei ali, com o olhar perdido na noite, a apanhar o arzinho fresco da rua e a fazer uns esquiços no caderno que levava comigo.
O Nuno trouxe mais um copo. Viu que gostei. Pedi a sobremesa e fui para o alpendre fumar um cigarro.
Vendo-me ali descontraído e sozinho, o Nuno veio fazer-me companhia. Bate papo formidável. A vida dele (já tinha trabalhado em Lisboa), a vida no Porto, o Benfica quase campeão ("este ano o título fica bem entregue!"), a vida em Portugal, a vida.

Só não percebi bem o alinhamento musical. Em geral tocava um som calmo, bossa nova, cenas tipo Feist, mas, de repente, no meio daquilo, dois momentos sublimes: New Order e, quando estava para me ir embora, "Love will tear us apart" dos Joy Division.
Fiquei mais um bocado.