Mostrar mensagens com a etiqueta The Who. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta The Who. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

I've been loving you

Otis Redding morreu brutalmente cedo, despenhado num avião aos 26 anos. Mas muito a tempo de entregar a alma toda ao soul e de encharcar a música popular americana com a explosão de um maremoto.
Gravou seis discos em vida e, três dias antes do eclipse total, o tantas vezes celebrado "Sittin' on the Dock of the Bay".
Ainda actuou no Monterey Pop Festival, a meca do rock psicadélico de '67, junto a nomes como Hendrix, Janis Joplin e a Big Brother, Simon & Garfunkel, Canned Heat, Jefferson Airplane, The Animals, The Who, os Mamas & Papas ou Ravi Shankar, abrindo caminho à nova onda que estava para vir.
Foi aí que se se pôde escutar um homem que só podia estar de rastos.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Edição de luxo

Na vida as coisas nunca são só como a gente quer. Foda-se, de repente pareço o Mick Jagger a escrever canções.

A madrugada tinha escorrido quase inteirinha a ver o "Woodstock". E não só o "Director's cut", mas o filme completo. Era Agosto e havia praia. Duas horinhas de sono apenas não seriam de menos. Recuperava na areia do dia seguinte.
De regresso ao ritmo dos dias, só pensava em tê-lo na mão. Tinham lançado o filme completo em DVD. Em Portugal numa edição limitada que rapidamente esgotou. Porque há filhos e enteados.
Sobrava o mundo imaterial e detestável da internet: a Amazon. Tau ! Tinham, claro.
Encomendou. Pagou. Quando chegou… não dava. Foi ver. Era um “Blue Ray”.
Como não pesca um chaveto destas coisas, tinha comprado um DVD incompatível com o aparelho que tinha em casa. Fuck.
Como tem sangue de judeu, e o sangue não perdoa, não ia agora comprar um aparelho “Blue Ray” só por causa do filme. O que temos usamos até ao fim.
Passaram mais 4 longos anos, até que finalmente o bicho deu o berro. Arre que era bom ! Meteu-se no carro e pimba, 79 euros num “Blue Ray” em promoção. Não volto a gastar mais do que 100 numa porra destas.
Até que finalmente. Ontem à noite repetiu a madrugada, quando as vozes do mundo se calam e o inferno sossega.
Woodstock não era só (?) Jimi Hendrix, Jefferson Airplane, Santana, Richie Havens, os The Who, Joe Cocker e os Crosby.
Era agora 3 days of peace and music. Eram 40 minutos de Grateful Dead, e os Creedence.


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

crónica do joelho

Quando entro em campo no relvado da Agronomia, que no inverno da Tapada da Ajuda é o mais maldito dos relvados de Lisboa, cercado de mil árvores que o põem tão frio e tão húmido que até já estamos no centro da floresta negra, mas quando entro em campo penso sempre em três coisas:


1. meter mais um golo (com um bocadinho de jeito ou com sorte);


2. que o joelho já aguenta vai para dois anos e que afinal a dor dos 9 meses de fisioterapia foi para algum lado, que subir e descer degraus no ginásio, e fazer centenas de flecções com pesos de 5 kgs. atados ao tornozelo, e piscina duas vezes ao dia, e bicicleta e corrida e tudo ainda congelado, e duas terapeutas agarradas à perna para a dobrarem com o peso do corpo, depois de eu a ter puxado com uma corda e ter flectido aqueles meros dois graus, e as outras coisas todas, que isto tudo foi para algum lado;


3. que não se agradece só ao Dr. Granate que o concertou com dois parafusos de titânio atarrachados na tíbia e um bocado do tendão rotuliano, e cozinhou um joelho novo, enquanto lhe tocavam os Led Zeppelin nos ouvidos em plena cirurgia.
O médico da Selecção de joelhos de Rugby e do telemóvel que chamava com o 'Baba O'Riley'

sábado, 10 de abril de 2010

Como tudo começa

oito e meia da manhã.

olhando pela janela para o céu de segunda-feira enquanto bebia um café.



Eu: Acho que hoje vou de Vespa.
A miúda: De Vespa ?? O que é isso ?
Eu: Ó filha, já sabes que a mota do pai é uma Vespa.
A miúda: Vespa ??? Mas as vespas são más. Acho que vamos ter de lhe dar outro nome...
Eu: Ai, sim ? Qual ?
A miúda: Hummm... já sei ! Girino !
Eu: Girino ??? Mas porquê ?
A miúda: Porque é giro.
Eu: (...)





Quando comprei a moteca, disseram-me que devia dar-lhe um nome. E eu andei, andei, andei, à espera que ela dissesse alguma coisa, que me chamasse, que me dissesse como é que gostava que a tratasse, e nada. Não houve nome. Deve ser do tipo tímido, ou então acha que quem tem que falar sou eu.
Mas agora o assunto resolveu-se. Mal. Porque não consigo voltar a pegar nela (reparem que já não lhe chamo mota) sem me lembrar do ruinoso baptismo da M..
"Porque é giro." What the fuck ?! Giro ??
Mas que raio ? Um gajo está mais distraído e... pimba. Em três penadas, dão-nos cabo do orgulho.
Com esta simplicidade - a que, ao longo da vida, vemos que elas recorrem quando menos esperamos - a reputação da Lx50 de 4 tempos (se tinha alguma) ficou ali, escarrada no chão. E agora trabalhar. Trabalhar na reabilitação. Recomeçar abaixo do zero.



Espero que a miúda perceba rapidamente a dimensão espiritual das coisas, senão estou perdido.
O que vale é que já me vai pedindo para ouvir esta obra-prima de 1969.