A cidade está coberta de cartazes: gigantes, médios, pequenos, mais pequenos. Vem aí o Papa. Para que ninguém se esqueça, até o Cristo Rei tem um enorme lençol com a cara de Sua Eminência de cima abaixo. Talvez para os que vêm de avião, entrando pelo Sul.
Mas não é só Lisboa. Hoje, quando chegava ao Porto, depois de passar a ponte da Arrábida, acabadinho de sair da auto-estrada, no Campoalegre, pimba!, lá estava a mensagem: "o Porto saúda o Papa" ou qualquer coisa do género.
Não sei se é para dar trabalho aos RP da Santa Igreja, se têm medo que não o (re)conheçamos, que nos cruzássemos com o Reverendíssimo e não lhe beijássemos a mão, se é só um enorme ego.
Suponho que, à falta de eleições, é necessário ocupar os outdoors com novos clientes.
O grave é que não é só cartazes com a cara de Sua Eminência, e os posteres "Respeitar foi o Pai que me ensinou.", "Ouvir foi o Pai que me ensinou.", e outros que tais. Mas porquê que foi o Pai e não os pais? E as priobições de estacionamento, que hoje me obrigaram a pagar 5 Euros de parquimetro? Foi o Pai que me deu o dinheiro ou foi eu que trabalhei para o receber?
ResponderEliminarNão é justo. Não é justo que só os funcionários públicos tenham tolerância e que haja tolerância num País, segundo dizem, em crise económica. Vem aí o Papa para a resolver, dizem alguns!
Mariana