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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

souvenirs


Cada vez gosto mais de lojas de discos em segunda mão.


"Beatnick Records" - Montréal

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

“I feel at home when I’m in Montréal" *

 


(do cimo do Mont-Royal para Montréal)

* being L. Cohen.

P.S. soube pelas notícias de casa que o nosso Mister partiu. 
Sven-Goran, adeus e muito, mas muito obrigado ! À tua !

quarta-feira, 9 de março de 2022

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

segunda-feira, 30 de março de 2020

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Com amor

Sempre os houve. Não é de agora.
Se há coisa irritante (vá, irritantezinha) é ver certa malta a apregoar cultura como se fosse um concurso de misses. Agora em twitts, nos faces e nos instas, ou em posts doutras galáx.... sociais. É aquela espécie de intelectualidade fascistazinha do eu-é-que-sei, cheios de uma moral e autoridade de que o bom percebem eles.
Então no que toca à música é todo um universo de arrogância. E quando, na maior parte dos casos, nunca pegaram num instrumento. Não há saco.
Quando chegam as bandas ao nosso país, é vê-los destilarem sobre os concertos nuns debochantes "Já não vou ver. Vi-o(s) no auge. Em 90 e troca o passo. Está(estão) decrépito(s). Tragam-lhe(s) um caixão. O quê ?? Tu ainda gastas o dinheiro nisso ??!? Poupavas.",  etc, etc. e tal, seguidos de afirmações petulantíssimas das suas bandas ou músicos do momento, que acabam de descobrir, e que até podem ser antigos (o que interessa é que têm o aval dos snobistas), com os inevitáveis "Eu agora oiço é isto. Evoluí.", rematando os outros de "atrasados". Como se fosse feio ou de mau tom ouvir João Gilberto, tocando as mesmas canções com as mesmas notas de sempre, ou Leonard Cohen, em rouca recta final, ou os U2 com Bono a falhar-lhe a voz, enfim, todos os rockers, ou não rockers, que já vieram e voltaram, e voltaram, e voltaram. E estão cá, e são de quem os ouve e vai ver.
Houve uma altura em que chamei a esta maltinha os "bonifácios".

O problema é que continuam a esquecer muita coisa:

1. que houve um tempo em que ninguém (ou quase ninguém) vinha a Portugal e, portanto, é óptimo tê-los cá !;
2. que os músicos são (muitas vezes) como o vinho e melhoram com o tempo, a prática e a experiência de vida;
3. que o fundamental é se ainda tocam, cantam e mexem bem, e se dão tudo (o que só quem os não descarta.... porque... sim, pode saber);
4. que não cabe a Suas Excelências os caudilhozinhos decretar o fim de vida de um artista;
5. e que é (pode ser) uma bênção escutá-los 15, 20, 30 ou mais anos depois da sua estreia.

O que ignoram no seu pedantismo opiniárquico (incapazes de apreciar a estrutura de um bom "vinho" velho ou uma travessa de acordes felizes) é que o que conta é se a noite foi boa, como me disse um dia o Jorge Palma.
Epá ! (com amor) cresçam !

Dublin 2018

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

He was ready

"They'll never, ever reach the moon," 
"At least not the one that we're after."

'Songs of Love and Hate'



Leonard Cohen
(1934 - 2016)

E ele lembrou-se da irmã. A repetir o mesmo vinil. Que era dos pais. Canções grossas. Valsa.

E de uma noite, no verão, uma madrugada, com os dois amigos irmãos. Uma casa à beira da Arrábida. Passaram 20 anos. Não dormiam por causa das melgas. Ou do álcool. Estava calor e já eram 4 da manhã. Desistiram. Escolheram Joan of Arc na aparelhagem. Na madrugada.

Depois recordou outra noite, com Ela. Era a primeira noite, embora não fosse a primeira. Com Ela. Há menos tempo. Estavam juntos. Uma cama de adolescente. Depois acabariam por dormir. No velho rádio da Sony, tocava o CD. Dez novas canções.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

sábado, 1 de outubro de 2011

Galo # 1

Hotel Home fechado. Reserva cancelada.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Chelsea Hotel #2

Das coisas mais bonitas que já foram ditas.

"You told me again you preferred handsome men




but for me you would make an exception."

 

domingo, 12 de dezembro de 2010

"Famous Blue Raincoat"



It's four in the morning, the end of December
I'm writing you now just to see if you're better
New York is cold, but I like where I'm living
There's music on Clinton Street all through the evening.
I hear that you're building your little house deep in the desert
You're living for nothing now, I hope you're keeping some kind of record.


Yes, and Jane came by with a lock of your hair
She said that you gave it to her
That night that you planned to go clear
Did you ever go clear?


Ah, the last time we saw you you looked so much older
Your famous blue raincoat was torn at the shoulder
You'd been to the station to meet every train
And you came home without Lili Marlene


(...)


And what can I tell you my brother, my killer
What can I possibly say?
I guess that I miss you, I guess I forgive you
I'm glad you stood in my way.


If you ever come by here, for Jane or for me
Your enemy is sleeping, and his woman is free.
Yes, and thanks, for the trouble you took from her eyes
I thought it was there for good so I never tried.
And Jane came by with a lock of your hair
She said that you gave it to her
That night that you planned to go clear

Sincerely, L. Cohen

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Ladies Man


"É sempre uma surpresa agradável quando uma mulher nos dá acesso ao seu coração e ao seu ventre. É a mulher que escolhe. São as mulheres que decidem permitir ou não que um homem lhes toque, e tomam essa decisão segundos depois de o conhecerem.
Portanto, todas as técnicas de sedução são bastante irrelevantes."

(BLITZ, Set. '10, entrevista para Serge Simonart)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cadernos Marroquinos - 1º Dia

Não me lembro quem é que teve a ideia. Provavelmente foi a meio de um jantar ou depois de uns copos. "E que tal Marrocos ?"
A malta do costume alinhou logo.
Éramos seis, depois sete (o Ordep trouxe a namorada), e havia uma velha carrinha verde petróleo, a maltratada Peugeot 505 do Fuller. De revisão feita e extensão de seguro.
Combinámos tudo à pressa. Eu e o Jack London ainda tínhamos um exame de Processo Penal para fazer. Os outros iam apanhar-nos à Faculdade e partíamos.
Uma da tarde. O Fuller aparece à hora combinada. A buzinar e a fazer piões no meio do parque de estacionamento da Católica. Foi uma entrada em grande. Tudo a olhar.
Largámos Lisboa como se fosse pó, a Páscoa, os códigos e os colegas que ainda dissertavam sobre as perguntas do exame. Era o último ano do curso. Alguma coisa puxava para o Sul. Para o calor. Para a areia. Para os homens de pele escura e bigodes cheios. Para trás ficavam os primeiros meses do ano 2000. Mas depressa soubemos que deixávamos tudo o que conhecíamos.
Pegámos nas mochilas, saltámos para a carrinha e arrancámos. “Vamos lá conhecê-los, rapaziada!”
O Mahgreb.
Ninguém sabia bem o percurso. Nas mochilas, algumas roupas, enlatados, mapas, lanternas, água e cassetes para o rádio da 505. Rolling Stones, Beatles, Ben Harper, Pearl Jam e, claro, Pink Floyd e Leonard Cohen para a noite. Um par de botas, meias quentes, o meu blusão de cabedal para enganar o frio do deserto, uns cadernos para escrever, canetas. O Ordep levava a máquina fotográfica com rolo para slides.
Não perdemos um minuto. Era a primeira vez.
Metemos gasolina e apanhámos o caminho para Beja. Vimos as placas de Aracena e Sevilha. Não parámos. E a 505 só dava 100.
Chegámos a Algeciras às dez da noite. O conta-quilómetros dizia 620. Boa média, pensámos.
Às dez e meia partia um ferry para Tânger. Comprámos logo os bilhetes. Mas não embarcámos. Demasiada pressa. Embora fosse Espanha, já não estávamos na Europa da vertigem. As coisas ali cantam noutro ritmo, com outra calma. Há que negociar, esperar. O dinheiro que sai depressa do bolso não é aceite e quem entra a correr é porque foge.
De maneira que tivémos que encontrar jantar. Uns bocadillos rellenos de qualquer coisa num pardieiro mal amanhado e umas cervejas espanholas.
Só saímos às seis da manhã. Para Ceuta. Até lá dormimos todos (quem conseguisse) nos bancos coçados da 505. Pus-me de cabeça para baixo para arranjar espaço. Claro que não preguei olho.