No outro dia acabei a noite de copos na casa de um amigo para mais uns... copos e cigarros. Bytheway fiquei com a garganta fodida. Ainda estou.
A dada altura, eram para aí umas quatro da manhã, demos por nós a ver isto
A discussão começou quando alguém (já não sei bem quem) disse que estes tipos, um trio de acordes meio básicos, completamente desarranjados, desalinhados e outros "ados", tinham revolucionado a nossa geração. O Fuller gosta de ser do "contra". Por isso, do alto da sua acuidade musical, manda-nos à merda. Que os "Beatles" (gente sagrada para mim) é que tinham feito todas as revoluções, que tinham melodias e letras cheias de verdades, que os nossos pais é que tinham tido sorte porque eles tinham tido uns tipos cultos e musicalmente dotados para cortarem com a geração anterior, etc, etc, num sem fim de argumentos lógicos e imbatíveis.
Tudo em polvorosa. Todos nos lembrámos do release do "Smells like teen spirit" e de como, naquele 9º ano, de repente já era lícito mandar os professores à merda. Mesmo.
Eis então que, da quietude do seu sofá, surge um remansado "Buiça" com o argumento final:
"Mas, Fuller, isso não interessa para nada, pá! Melodias, letras, quando se pode simplesmente dizer: «Estamos fartos do que nos contam, BAAAHHHHHHH ! Não nos venham com lérias, BAAAHHHHHHH !»" E o "Buiça", de língua de fora.
O Fuller à rasca. Acabou logo ali a discussão.
Este post não é sobre a juventude ou aqueles anos de uma livre alegria descomprometida.
É que a vida é contraditória com'ó caraças. Por isso aqui ficam os Monstros de Abbey Road. No Paralelo 23.
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